TRT pede à Amsted-Maxion menos jornada e volta dos demitidos
Os metalúrgicos da Amsted-Maxion de Osasco (SP), decidiram nesta sexta (19) por uma trégua à greve contra mais de 600 demissões. Em audiência, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) propôs reduzir a jornada e reintegrar os demitidos. O Ministério Púb
Publicado 19/12/2008 18:49
A proposta do TRT, feita pelo desembargador Nelson Nazar, ainda sugere que as partes mantenham o canal de negociação. Segundo o desembargador, a redução da jornada é uma saída para as demissões advindas da crise financeira. A empresa considerou a proposta inviável. O próximo julgamento no TRT será nesta segunda-feira (22).
O movimento iniciado na quarta-feira (17) é um protesto contra as demissões. Só nesta segunda-feira (15), a Amsted-Maxion demitiu 450 trabalhadores. O sindicato ainda denuncia a demissão de 150 metalúrgicos por telegrama. Entre eles estão demitidos metalúrgicos que sofreram acidentes de trabalho, vítimas de doenças ocupacionais e pessoas com estabilidade.
A denúncia pesou da decisão pela legalidade da greve do Ministério Público. Segundo o parecer, “a empresa feriu os direitos humanos e laborais, pois não considerou os valores sociais e do trabalho, levando em conta apenas seus interesses econômicos”.
A greve dos metalúrgicos da Amsted-Maxion tem recebido a solidariedade do movimento sindical, representando a luta unitária em resistência ao oportunismo patronal de jogar, mais uma vez, o ônus da crise nas costas dos trabalhadores.
“O movimento tem sido muito positivo porque esboça uma primeira reação à recessão e ao oportunismo dos empresários”, avalia Juruna. “Confiamos na idéia do presidente Lula de que há empresários oportunistas, que usam a crise como desculpa para demissões e o retrocesso nas conquistas trabalhistas. Mas, assim como em 68, os trabalhadores de Osasco permanecerão resistindo e lutando.”
Foto: Eduardo Metrovich.
Leia também:
– Agora é guerra: contra demissões, metalúrgicos fazem greve
* Com informações da Força Sindical.