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Obama e sindicatos endossam pacote de Bush

O pacote de socorro às montadoras automobilísticas General Motors e Chrysler, anunciado nesta sexta-feira (19) pelo presidente George W. Bush, obteve um apoio condicionado e cauteloso de dois personagens decisivos em sua implementação: o presidente eleito

Obama divulgou imediatamente uma curta declaração, com palavras cuidadosamente medidas. Veja a íntegra.




“As ações de hoje são um passo necessário para ajudar a evitar um colapso na nossa indústria automobilística, que teria consequências devastadoras para nossa economia e nossos trabalhadores … As empresas automobilísticas não devem desperdiçar esta oportunidade de reformar as práticas de má gestão e dar início à reestruturação de longo prazo que é absolutamente necessária para salvar essa crítica indústria.



Mais tarde, ao apresentar os quatro nomes que completam sua equipe econômica (três deles republicanos), o presidente eleito fez mais comentários. “Por mais assustadores que os desafios que herdamos possam ser, estou convencido de que a nossa equipe e ao povo americano estão preparadas para enfrentá-los”, disse.



“Vai levar mais tempo do que qualquer um de nós gostaria, anos, e não meses. Vai piorar antes que fique melhor, mas será melhor se estivermos dispostos a agir rapidamente e sem vacilar”, agregou.



“Como pe merguntam como meço a força da economia americana, a minha resposta é simples: empregos e salários”, disse ele. Mas adiante agregou que “haverá alguns passos dolorosos que terão de ser dados”.



A declaração do sindicato



O sindicato da indústria automobilística dos EUA, UAW (United Auto Workers) divulgou uma declaração do seu presidente, Ron Gettelfinger, logo depois que a Casa Branca anunciou empréstimos de emergência para a General Motors e a Chrysler. Gettelfinger diz “alegrar-se” com as medidas; considera “injustas” as condições que “penalizam os trabalhadores”, mas sua declaração refere-se a uma “partilha” dos sacrifícios entre “todas as partes interessadas”. Veja a íntegra:




“Alegra-nos que a administração Bush tenha agido atendendo a uma necessidade urgente, ao fornecer empréstimos-ponte de emergênciaàs empresas automobilísticas dos EUA e ao perseguir um processo de reestruturação que não seja a falência. Isto irá manter abertas as portas das fábricas americanas, manter os americanos trabalhando e prevenir as devastadoras consequências econômicas, para milhões de americanos e milhares de negócios, que resultariam da liquidação das operações de uma ou mais empresas automobilísticas.



Todas as partes interessadas – administração, diretores, acionistas, fornecedores, comerciantes e trabalhadores – terão de participar na partilha de sacrifícios para ajudar a indústria a avançar. Os membros UAW já fizeram sacrifícios significativos para ajudar a tornar as empresas automotivas domésticas mais competitivas.



Enquanto valorizamos que o presidente Bush tenha tomado as necessárias medidas de emergência para ajudar as empresas do automóvel americanas a enfrentar a atual crise financeira, estamos decepcionados por ele ter acrescentado condições injustas que penalizam os trabalhadores. Estas condições não estavam incluídas na legislação bipartidária endossada pela Casa Branca, que passou a Câmara dos Representantes e obteve o apoio da maioria dos senadores.



Vamos trabalhar com a administração Obama e o novo Congresso para assegurar que estas condições injustas sejam removidas; assim como nos reuniremos nos próximos meses com todas as partes interessadas em criar um futuro viável para a indústria automobilística os EUA.”



Da redação, com agências