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Obama diz que plano de estímulo será salvador de empregos

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse neste sábado que o programa de estímulo da economia de US$ 780 bilhões será um salvador de empregos no país. Depois de inúmeras negociações entre republicanos e democratas para decidir o valor da aju

“Os americanos ao redor do país estão ansiosos à espera da aprovação do pacote. Eles estão acompanhando tudo para saber se nós iremos cumprir com a promessa de manter a América viva”, disse Obama durante o programa de rádio deste sábado.


 


Nesta sexta-feira (6), o Departamento do Trabalho dos EUA registrou o fechamento de 598 mil postos de trabalho em janeiro, enquanto a taxa de desemprego ficou em 7,6%. Trata-se da maior perda de vagas no país desde dezembro de 1974.



Nos últimos dias, o presidente tem pressionado o Congresso e o Senado para entrarem em um acordo quanto a aprovação do pacote. Depois da aprovação na Câmara dos Deputados –onde nenhum republicano votou a favor da ajuda– o grande desafio de Obama é superar as divergências com a oposição para conseguir a aprovação.



Democratas e republicanos reunidos, mas desunidos



O Senado dos Estados Unidos realizou nesta sábado (7) uma sessão extraordinária de debate sobre o plano de estímulo econômico marcada pela divisão entre democratas e republicanos, mas a expectativa é de que o pacote seja aprovado nos próximos dias.



Obama iniciou seu mandato com um desejo de cooperação entre os dois partidos, mas as negociações sobre como enfrentar a crise mais profunda no país desde a Segunda Guerra Mundial demonstraram que suas ideias foram ignoradas.



O clima hoje no Senado era áspero, com os democratas lembrando aos republicanos o triste histórico econômico dos últimos oito anos, sob a Presidência de George W. Bush, e os republicanos afirmando que seus oponentes políticos estão preocupados somente em gastar sem limite.



“Onde estavam meus amigos republicanos quando o presidente Bush aumentou a dívida de US$ 5 trilhões para US$ 10 trilhões em oito anos? Gastaram o dinheiro no Iraque. Agora é hora de gastá-lo aqui”, disse a senadora democrata Barbara Boxer no plenário.



Já o senador republicano Mike Johanns afirmou que o pacote, no valor de US$ 827 bilhões, está cheio de projetos “que não têm como estimular a economia”, e citou o aumento do orçamento espacial e do departamento de Segurança Nacional.



Apesar do bate-boca entre os dois partidos, os democratas estão no controle da situação, depois de na sexta-feira chegarem a um princípio de acordo quando três senadores republicanos decidiram apoiar o projeto.



Os democratas contam com 58 votos no Senado, frente aos 41 dos republicanos, e precisam de 60 cadeiras para superar um possível bloqueio do voto com táticas dilatórias por parte do partido da oposição.



O líder dos democratas na Câmara Alta, Harry Reid, marcou hoje um voto de procedimento para a segunda-feira à tarde, o que significa que se os republicanos não colocarem objeções, a votação final acontecerá na terça-feira.



Sua ratificação abriria as negociações entre o Senado e a Câmara de Representantes para harmonizar as versões do plano de estímulo aprovadas por cada órgão.



Essas conversas parecem difíceis, pois os projetos de lei diferem em aspectos importantes, como o montante total de dinheiro destinado aos estados, que se viram obrigados a demitir funcionários e cortar serviços públicos em função da crise.



Aparentemente, os escritórios dos líderes democratas já começaram a trabalhar nessa harmonização, após dar por certo que o Senado aprovará o texto sem modificá-lo.



Os líderes democratas pretendem finalizar o documento antes do dia 16 de fevereiro, data fixada por Obama como meta para a aprovação do plano.



O caminho para a aprovação se tornou menos sinuoso ontem à noite, com o princípio de acordo no Senado que eliminou cerca de US$ 110 bilhões de despesas do projeto de lei inicial.



O pacote inclui reduções de impostos temporários, incentivos econômicos para a compra de imóveis e automóveis, e um aumento dos subsídios por desemprego e para a aquisição de seguros de saúde, e das ajudas alimentícias para os pobres.



“Os democratas e os republicanos aproximaram suas posições no Senado e responderam de forma apropriada à urgência deste momento”, disse Obama hoje de manhã.



Na Câmara Baixa, nenhum republicano votou a favor do projeto de lei, enquanto no Senado a maioria da oposição se queixa de que seu volume é excessivo e de que deveria se concentrar no corte de impostos, em vez de aumentar o gasto público, o que é rejeitado por Obama.



“Não podemos confiar em uma fórmula perdedora que oferece apenas cortes tributários como a resposta para todos os nossos problemas”, afirmou.



O novo presidente do Comitê Nacional Republicano, Michael Steele, disse que o poder “subiu à cabeça” dos democratas.



“Tentaram forçar um projeto de lei de despesa em massa no Congresso sob a aparência de uma ajuda econômica”, afirmou.


 



Com Informações da Folha Online e agência EFE