São Luis : Agentes comunitários fazem manifestação

Os agentes comunitários querem pagamento de salários atrasados e melhorias das condições de trabalho. A categoria não foi  recebida pelo prefeito João Castelo.

O Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde de São Luís (Sindcads), que deflagrou greve desde a última sexta-feira, realizou manifestação de repúdio, ontem, em frente à Prefeitura, na Praça Pedro II (Centro), para provocar uma possível sinalização de acordo entre a categoria e o governo municipal. De acordo com o sindicato, os agentes estão com salários atrasados há três meses, sem o pagamento de férias, décimo terceiro e o salário-família. O problema atinge 922 funcionários públicos, que alegaram, também, não possuir condições básicas de trabalho.


De acordo com o diretor do setor jurídico do Sindcads, Carlos Alberto Pereira Silva, os manifestantes exigem um posicionamento do prefeito João Castelo, que até o momento não havia recebido os grevistas. “Estamos aguardando um posicionamento positivo para que possamos voltar a desempenhar nossas atividades normais”, disse.


O presidente do sindicato, Sérgio Gutemberg, afirmou que os agentes não sairão da praça até que haja uma conversa entre as partes. “Montaremos uma barraca aqui em frente da Prefeitura e só sairemos daqui após sermos recebidos pelo prefeito”, afirmou.


De acordo com os manifestantes, as condições básicas para prestação do serviço público com qualidade não são oferecidas integralmente pelo município. Há carência em materiais, como fardamento, jaleco, uma balança adequada e treinamento. “Na situação em que estamos, a população, inevitavelmente, acaba não sendo assistida”, ressaltou Gutemberg.


Ele disse também que há verba garantida para este tipo de investimento, mas até o momento nada foi implantado. “A Prefeitura dispõe de R$ 300 mil para cobrir o déficit de material”, garantiu o presidente. A verba, segundo ele, é garantida pelo Ministério da Saúde, que liberou os recursos desde o ano passado. “O dinheiro existe, precisa apenas ser empregado adequadamente pela Prefeitura para que os 922 agentes de saúde tenham condições de trabalho”, destacou.


Segundo o sindicato, os agentes não receberam o décimo terceiro, o pagamento referente a férias, o salário-família e os três últimos meses de salários. “Temos direitos constitucionais e deles não abriremos mão”, afirmou o agente Ademar Medeiros.