Ministro da Saúde participa do lançamento do Programa Medicamento em Casa na Bahia

Atender pacientes portadores de diabetes e hipertensão que já fazem uso regular e contínuo de medicamentos e têm controle da pressão arterial e da taxa de glicemia é o objetivo do Programa Medicamento em Casa do governo do estado em parceria com o Ministé

“São doenças que têm incidência muito elevada na população, e grande parte das complicações deriva da falta de controle. Então, se você consegue controlar a patologia ainda no nível de atenção primária, diminui consideravelmente o risco de complexidade de nível médio e alto”, explica a superintendente da Saftec, Gisélia Santana Souza. As possíveis complexidades seriam, no caso de hipertensão, acidentes vasculares cerebrais, infartos e problemas renais; e, em se tratando da diabetes, problemas neurológicos e cegueira.


 


O lançamento só foi anunciado após a implantação em fase de testes – desde outubro de 2008, o programa funciona como piloto em cinco municípios baianos: São Sebastião do Passe, Lauro de Freitas, Vitória da Conquista, Teixeira de Freitas e Camaçari. “1.050 mil pacientes foram contemplados nessa fase inicial, de testes logísticos e estratégicos. E os índices de satisfação são excelentes”, destacou Gisélia. Outros 17 municípios já assinaram o termo de compromisso entre entes públicos – leia-se, Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) e prefeituras – para aderir ao Medicamento em Casa, e a meta é estender o benefício o todo o estado. “Para tanto, dependemos da capacidade dos municípios em estruturarem os serviços”, informa a superintendente.


 


Além de contar com uma equipe estruturada do Saúde na Família, cujo treinamento é disponibilizado pela própria Sesab, as localidades precisam dispor de uma estrutura técnica mínima, como computadores de acesso a internet; já que a prescrição de remédios é feita on line. O cadastro de pacientes é informatizado e individual, com a posologia particular de cada um dos registrados. “O médico faz a prescrição e envia para central do Programa, a qual providencia o envio direto dos remédios aos pacientes via correio e sob a supervisão de um farmacêutico”, esclarece Gisélia. A quantidade é calculada para durar três meses e, após esse período, o paciente precisa retornar à unidade de saúde para análise médica.


 


“O paciente se sente valorizado diante da segurança em ter o seu medicamento assegurado com regularidade e gratuitamente”, enfatiza Gisélia Santana. “Em contrapartida, também passam a colaborar mais com o tratamento, uma vez que manter as taxas de hipertensão e glicemia estabilizadas é exigência para continuar no programa”, completou. O programa também tem reflexos na estruturação dos serviços de atenção básica à saúde nos municípios cadastrados, e cria um sistema amplo e detalhado de informação sobre diabetes e hipertensão, possibilitando um maior controle sobre essas doenças.


 


De Salvador,


Camila Jasmin