Cartas da Floresta conta história e luta de Chico Mendes
Vinte anos após o assassinato de Chico Mendes, a TV Câmara foi ao Acre para mostrar a atual situação das reservas extrativistas e da Floresta Amazônica – síntese da luta do ambientalista e líder seringueiro. Da viagem, resultou o documentário Chico Men
Publicado 20/04/2009 14:36
“Minha vida começou igual a de todos os outros seringueiros: escravo submetido às ordens do patrão. Comecei com nove anos de idade. Em vez de receber as lições do ABC, aprendi a sangrar a seringueira.” É assim, com narração em primeira pessoa, que o documentário da TV Câmara revela um lado pouco conhecido do líder seringueiro que morreu em defesa da Amazônia.
Cartas, bilhetes e entrevistas mostram como Chico Mendes – criado longe dos bancos da escola – aprendeu a ler, a escrever e se tornou o maior líder seringueiro que o Brasil já conheceu. Além de testemunhar a luta dos seringueiros contra a pressão do latifúndio e a devastação da floresta, os textos revelam detalhes de como era o dia-a-dia de Chico Mendes.
A narração das cartas é intercalada com depoimentos atuais, gravados na Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre. Participam do documentário o escritor e jornalista Zuenir Ventura, a antropóloga Mary Allegretti, seringueiros, amigos e parentes de Chico Mendes, entre eles as filhas Elenira e Ângela.
Com direção de Dulce Queiroz e música de Victor Araújo, a produção mostra, de forma delicada, como Chico Mendes conseguiu chamar a atenção do Brasil e do mundo para a necessidade de se preservar a floresta, numa época em que as preocupações com o meio ambiente não constavam da pauta política. De sua luta resultou a criação das reservas extrativistas.
De Brasília
Com Agência Câmara