Sergio Granja: as voltas da Justiça sobre Roseana Sarney
Na campanha presidencial de 2002, a candidata do então PFL (atual DEM), Roseana Sarney, teve de renunciar à disputa presidencial. Isso aconteceu depois que, numa batida, a Polícia Federal apreendeu R$ 1,3 milhão na empresa Lunus. Detalhe: J
Publicado 21/04/2009 17:40
O Senado tem uma Diretoria de Modernização Administrativa e Planejamento desde 2003. Quando foi criada essa diretoria, o então presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) nomeou a jornalista e advogada Elga Maria Teixeira Lopes como diretora. Por coincidência, a indicada de Sarney participara da campanha de Roseana para o governo do Maranhão no ano anterior. Ainda há pouco, recém-nomeada por Sarney para chefiar a enorme máquina de comunicação do Senado, com 20 secretarias, Elga disse não saber por que foi preciso contratar a Fundação Getulio Vargas para propor projetos de modernização do Senado.
Ninguém foi condenado por causa disso nem o TSE ditou qualquer providência. Talvez porque não fosse o caso.
Não faz muito tempo, a filha do presidente do Senado apareceu estampada em manchetes nada abonadoras. Noticiou-se que a senadora usara passagens aéreas custeadas pelo Senado para trazer a Brasília grupos de parentes e amigos maranhenses.
Ninguém foi condenado por causa disso nem o TSE ditou qualquer providência. Talvez porque não fosse o caso.
Pois, agora, a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) ganhou no TSE o direito à investidura como governadora do Maranhão. Boa de eleição mas ruim de votos, ela fora derrotada nas urnas pelo governador deposto Jackson Lago (PDT).
Talvez porque fosse o caso. A Justiça tem razões que os cidadãos desconhecem.
Ah! sim. Roseana anunciou que vai pedir auditoria nas contas de Lago.
* Sergio Granja é pesquisador da Fundação Lauro Campos.