PCdoB/RN faz sua 8ª. Plenária do Comitê Estadual

O dirigente afirmou que os comunistas não subestimam as questões locais, mas o PCdoB se distingue exatamente por ser, antes de um partido local, um partido efetivamente nacional. “Não criamos ilusão aos cidadãos, aos munícipes, de que os problemas se resolverão somente com atuação em âmbito municipal. Com a crise, os municípios estão na dependência do reaquecimento da economia brasileira.”

Transição para o socialismo

Nesse sentido é que estão sendo dirigidos os debates de preparação para o 12º. Congresso do PCdoB, que está previsto para novembro deste ano. Outro ponto de discussão da plenária foi a elaboração do projeto eleitoral de 2010, as candidaturas, as alternativas e também os mecanismos para sustentar materialmente as campanhas.

Para Antenor Roberto, é necessário forjar o partido comunista, “que não está pronto, mas em movimento, e é preciso um grande esforço de formação para enfrentar a crise e o projeto eleitoral. Precisamos nos lançar no campo das ideias, buscando a teoria da transformação social, a formulação de um projeto nacional avançado de transição para o socialismo”.

Mobilizar cinco mil filiados

A plenária teve aberto o espaço para a fala dos participantes, com intervenções especiais de alguns dirigentes, que fizeram balanços e apresentaram propostas. Carlos Albérico, secretário estadual de Organização, apresentou a etapa estadual do 12º. Congresso do PCdoB, com calendário, projetos e metas. “O congresso é um processo, com discussão, elaboração de documentos, eleição de delegados”, disse o secretário.

Depois do calendário, foram apresentados os projetos de mobilização congressual, campanha de filiação e legalização dos comitês municipais. A proposta é de envolvimento de cinco mil filiados na preparação para o 12º. Congresso e duas mil novas filiações no Rio Grande do Norte.

Um partido de massas

Já para o secretário de Formação, Christian Vasconcelos, o centro da discussão está na necessidade de crescimento e fortalecimento partidário, “a construção no Brasil de um partido comunista de massas, que supere o descompasso entre nossa capacidade de elaboração e formulação política e a nossa expressão real”.

Vasconcelos apresentou a proposta de realização de cursos que prevê a formação de 600 militantes no curso básico em vídeo, até julho. A idéia também é fazer, até agosto, quatro turmas do segundo curso de nível 1. Para o curso de nível 2, a proposta é organizar uma turma, e o de nível 3 está programado para São Paulo, de 4 a 17 de julho.

O secretário de Finanças, Irineu Domingos abordou a questão da carteira militante, apresentando também um balanço e a análise das atuais necessidades financeiras do partido. Jan de Oliveira, secretário de Comunicação, falou da importância da atuação na juventude, principalmente no movimento estudantil, área historicamente deu muita contribuição à formação de quadros do PCdoB.
 

De Natal, Ana Cláudia Salomão da Silva