Projovem: Jovens detentos poderão concluir ensino fundamental
A conclusão do ensino fundamental está mais acessível para os detentos do sistema prisional, com idade entre 18 e 29 anos, que cumprem pena em regime fechado. Nesta terça-feira (28), em Brasília, a primeira etapa do Projovem Prisional vai capacitar 21
Publicado 27/04/2009 18:27
A ação faz parte do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) e é desenvolvido em parceria pela Secretaria Nacional de Juventude e pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça. Nesta fase inicial vai atender 560 presos: 300 no Pará, 200 no Rio de Janeiro e 60 no Acre.
As aulas dos detentos começam em junho. Até lá, as instituições de ensino contratadas pelos estados também terão treinamento específico sobre as peculiaridades da educação no sistema prisional. “Nem sempre o professor está preparado para dar aulas nas penitenciárias. Existem questões que precisam ser discutidas como vulnerabilidade emocional e diferença nas formas de abordagem dos alunos”, observa o Coordenador de Apoio ao Trabalho e Renda, Marcus Castelo Branco.
A capacitação dos detentos será feita em 18 meses e a seleção dos alunos vai analisar se o tempo de detenção é suficiente para completar os módulos dos cursos. De acordo com a Coordenação-Geral de Reintegração Social e Ensino do Depen, neste primeiro encontro serão capacitados diretores de pólos prisionais, coordenadores estaduais de educação do sistema prisional e gestores do Projovem.
Os convênios têm duração de dois anos e foram firmados com os três estados no segundo semestre do ano passado. Cada um deles receberá recursos de acordo com o total de presos beneficiados. O treinamento para as instituições de ensino que vão executar as ações educativas nos estados acontecerá entre os dias 4 e 7 de maio, no Rio de Janeiro.
“Fizemos um retrato da realidade de cada local para mediar as dificuldades que serão encontradas pelos estados ao longo da execução do programa”, afirma a assistente social Rejane Braga, da Coordenação de Apoio ao Ensino do Depen.
Ela ressalta que a iniciativa é desafiadora e vai elevar os índices de escolaridade, além de aproximar os presidiários do mercado de trabalho. “Foi preparado um desenho de educação dinâmico com um diferencial que respeite as regras de segurança dos presídios”, diz Rejane.
Fonte: Ministério da Justiça