ONG que presta assistência aos índios critica medicina tradicional
Apesar do elevado grau que as relações sociais entre os povos do mundo adotaram ao longo da história, os choques culturais envolvendo as comunidades indígenas e o homem da cidade ainda existem. Nas últimas
Publicado 27/04/2009 00:24 | Editado 04/03/2020 16:12
A situação ganhou destaque quando o poder público tomou conhecimento de que a criança seria sacrificada na aldeia onde nasceu. Desmentidos os rumores por parte dos pais, a menina foi encaminhada aos tratamentos tradicionais nos hospitais públicos do Estado e, de acordo com o informe dado ontem pelo Ministério Público Federal (MPF), ela deve retornar para sua aldeia caso a equipe médica do município de Santa Izabel do Rio Negro constate que sua situação é irreversível.
As informações obtidas pela procuradora do MPF Luciana Gadelha dão conta de que a criança não chegará a viver por mais um ano. Efetivando-se isto, a Associação Serviço e Cooperação com o Povo Yanomâmi (Secova), ONG que presta serviços na área de saúde para a etnia, assumirá os procedimentos médicos.
No entanto, o caso revela polêmicas à respeito das concepções médicas tradicionais e a dos povos indígenas. Segundo o representante da Secova, Sílvio Cavuscens, a falta de êxito da medicina ocidental e dos médicos que acompanharam a criança é porque eles “não entendem que há uma outra relação de vida e de morte, de saúde e de doença”, afirmou.
De acordo com ele, os Yanomâmi costumam realizar uma cerimônia para toda a aldeia, a fim de liberar o espírito.
De Manaus,
Anderson Bahia
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