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Economista propõe título com remuneração da poupança

Em vez de reduzir a remuneração da poupança, o economista José Carlos de Assis defende a criação de um título público ''com a mesma remuneração e prerrogativas da caderneta''.

Ao comentar a passagem de um ano da classificação do Brasil como grau de investimento pelas agências de risco, que não trouxe os investimentos prometidos, ele discordou que o Banco Central (BC) tenha aproveitado a mudança de patamar para alongar o prazo da dívida interna de maneira sustentável.


 


''A dívida pública brasileira é à vista. Toda vez que há uma crise, ela é monetizada. Para tornar sério o mercado brasileiro de títulos, o ideal seria descolar a taxa básica de juros (Selic) dos títulos públicos e só dar liquidez a esses papéis no mercado privado. É assim no mundo todo'', frisou.


 


Para o economista, o grau de investimento foi a forma encontrada para manter o controle, pelas agências de risco, sobre as contas públicas dos países endividados, depois da saída do Fundo Monetário Internacional (FMI).


 


''O FMI estava até sem função, pois os países começaram a se tornar superavitários. As agências só avaliam o que elas consideram risco: as políticas macroeconômicas. Não podemos perder de vista que isso é um charlatanismo brutal, a partir de critérios discricionários'', diz.


 


Para Assis, o grau de investimento não trouxe sequer o capital especulativo para o país. ''O Brasil já vinha recebendo muito capital especulativo, que estava se expandindo para os países periféricos. Aqui, ele foi puxado pela alta rentabilidade dos títulos públicos, que não cobra sequer impostos para os estrangeiros'', resumiu.


 


A informação é do Monitor Mercantil