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Polícia legislativa investiga novas denúncias envolvendo Senado

A Polícia Legislativa do Senado começou a analisar nesta segunda-feira as denúncias publicadas na última edição da revista “Época” na qual o ex-diretor de Recursos Humanos, João Carlos Zoghbi, acusa o ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia de chefiar

De acordo com o diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, se esta segunda denúncia estiver relacionada com o inquérito já em andamento, ambos os casos poderão ser analisados por uma só comissão de sindicância. Caso as denúncias-crime não estejam relacionadas, um novo inquérito pode ser instaurado.



Em entrevista à revista “Época”, Zoghbi afirma que os senadores Romeu Tuma (PTB-SP) e Efraim Morais (DEM-PB) – ambos ex-primeiros-secretários do Senado – estariam envolvidos no esquema de corrupção comandado por Agaciel Maia. Segundo a reportagem, as fraudes eram feitas nas contratações no Sistema de Processamento de Dados, na comunicação social e no serviço de taquigrafia.



O diretor da Polícia Legislativa, Pedro Carvalho explica, porém, que, se houver indícios da participação de parlamentares, caberá a Corregedoria do Senado a abertura ou não de investigação. Como o senador Tuma é o corregedor do Senado e não pode abrir inquérito contra si, ele deverá indicar outro senador para assumir o posto.



Denúncias



A partir de um pedido do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a Polícia Legislativa do Senado investiga desde a última quinta-feira a denúncia de que Zoghbi também participava de um esquema de desvio de recursos do Senado usando empresas de fachada registradas em nome de uma ex-babá, de 83 anos.



Em uma das supostas ações de desvio de dinheiro público, o servidor teria fraudado o serviço de crédito consignado oferecido pelo Banco Cruzeiro do Sul aos funcionários do Senado. O contrato com o banco Cruzeiro do Sul com o Senado está suspenso até que as investigações sejam concluídas.



O corregedor-geral do Senado, senador Romeu Tuma deve encaminhar ainda nesta segunda-feira um ofício ao Banco Central pedindo o exame de toda a movimentação financeira dos bancos que prestavam serviço de empréstimo consignado aos servidores do Senado.



Fonte: Último Segundo/Santafé Idéias