Olodum é homenageado na Câmara por “ousadia e inovação”

A deputada lembra que foi no Pelourinho, na época reduto de marginalidade e prostituição, que surgiu o Olodum para denunciar a degradação do centro histórico de Salvador, divulgar a música, a dança e os costumes africanos que estão presentes na formação do povo brasileiro.

Segundo Alice, o grupo, já naquele tempo, “levava para as ruas da capital baiana uma história de luta contra o preconceito e as injustiças sociais. Inicialmente a idéia era de ser uma opção de lazer dos moradores locais, mas a responsabilidade social foi mais forte e a vontade de querer fazer mais contribuiu para a criação do Grupo Cultural Olodum”.

Ação decisiva

Entre as contribuições do Olodum, Alice cita o papel de principal divulgador do Pelourinho no mundo e sua ação foi decisiva para garantir a restauração do centro histórico. Passado o carnaval, de acordo com a parlamentar, o Olodum desenvolveu seminários e exibições de filmes em ações voltadas para a comunidade afro-descendente e aproximou-se do movimento negro até se tornar uma ONG.

“O grupo criador do samba-reggae, adotado por vários compositores, fez um trabalho fundamentado nos pilares música, cultura e educação e sempre com a participação de jovens de baixa renda, para quem o Olodum foi se transformando na porta de acesso à cidadania”, afirma Alice.

De Brasília
Alberto Marques

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