Lula Morais pede identificação dos corpos de guerrilheiros do Araguaia
O deputado Lula Morais (PCdoB) pediu, na sessão plenária desta sexta-feira (08/05) da Assembléia Legislativa, que se agilize a identificação dos corpos dos militantes do PCdoB mortos na Guerrilha do Araguaia durante a Ditadura Militar. O parlamentar foi à
Publicado 09/05/2009 09:00 | Editado 04/03/2020 16:35
Bérgson Farias, que era estudante de química da Universidade Federal do Ceará (UFC), foi morto em junho de 1972. Ele é um dos quatro cearenses possivelmente assassinados pelas Forças Armadas na Guerrilha cujos corpos estão desaparecidos. Lula Morais quer que o Ministério da Justiça haja com celeridade no sentido de identificar as ossadas. “As famílias dos guerrilheiros buscam ter acesso aos restos mortais dos seus entes queridos para ter direito de sepultá-los e reverenciá-los”, disse.
Conforme o deputado destacou, o parecer dado pelo perito levou em conta detalhes como a arcada dentária e lesões na mastóide e num dos braços da ossada analisada que coincidem com informações prestadas por familiares.
De acordo com o relato do parlamentar comunista, o parecer do perito lido pelo deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), na última quarta-feira (06/05), na Câmara Federal, sugere a nomeação de uma junta de peritos especializados em análise forense e o recolhimento de informações sobre o histórico de Bérgson Gurjão Farias para analisar o caso.
Há cerca de um ano e meio, a integrante da Comissão de Mortos e Desaparecidos, Iara Xavier, recolheu o sangue da mãe de Bérgson, Luiza Farias, de 94 anos, e de dois irmãos, mas depois não se soube mais das providências, como expôs o deputado comunista. Ele conta que a comissão montou um banco de sangue para fazer o confronto de DNA, porém até agora não identificou nenhum dos 59 guerrilheiros desaparecidos.
Lula lembrou inclusive que a construção da usina hidroelétrica Santa Isabel, que irá inundar uma área de 24 mil hectares de terras às margens do rio Araguaia, exatamente a região onde atuou a guerrilha comunista, tornará impossível encontrar os restos mortais dos guerrilheiros.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social da AL