Netto: 'Folha' destila mais asco contra a estrutura sindical
Mais uma vez o jornal Folha de S.Paulo destilou o seu rancor contra a estrutura sindical. Desta vez, o mote para atacar a unicidade sindical e a contribuição foram os sindicatos patronais. Em seu editorial de hoje, a Folha afirma que
Publicado 19/05/2009 17:22
Diz ainda que “o paternalismo do Estado irmana pelegos dos dois lados do balcão” e que a representatividade dos sindicatos só “será obtida quando a unicidade sindical e contribuições compulsórias forem banidas da legislação”.
Antes de mais nada, a Folha deveria tomar mais cuidado toda vez que prenunciar a palavra “ditadura” ou tentar projetar sobre o governo popular e nacional de Getúlio Vargas a qualificação do governo ditatorial que este mesmo jornal serviu com muita presteza e submissão.
Além disso, sabemos que existem duas razões para o jornal do seu “Otavinho” atacar o conjunto do movimento sindical, patronal e trabalhista: primeiro porque ele sabem que a unidade dos trabalhadores, o fortalecimento dos sindicatos laborais e o fato de possuirmos estruturas para lutarmos com independência, têm sido o principal ponto de apoio do governo Lula e um importante instrumento do povo para conquistar os avanços dos últimos anos.
Em segundo lugar, não é de interesse da Folha que os empresários nacionais estejam organizados, principalmente quando estes sindicatos se transformam num empecilho para o processo de desnacionalização e monopolização da nossa economia.
Acostumado a se agachar até mostrar o que não deve e de “abocanhar” tudo o que vê pela frente, o senhor Otavinho não medirá esforços para tentar pavimentar o caminho para que o mesmo grupo que destruiu o país num passado recente, beneficiando uma pequena casta de ladrões e privatistas, retorne ao poder.
O editorial da Folha também é um sinal de alerta para quem ainda repete os vitupérios que a classe dominante e antinacional lançou para tentar desmobilizar e dividir o movimento sindical. Cabe a nós fortalecer ainda mais a unidade, tanto dos trabalhadores como também do setor empresarial nacional que almeja construir um país forte, desenvolvido e com justiça social.
* Antonio Neto é presidente da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil)