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China planeja e Brasil segue o vento, diz economista do Ipea

Enquanto o Brasil demorou dez anos para abrir sua economia, a China vai levar quatro décadas, disse a economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Luciana Acioly. Ele é autora de um estudo sobre a internacionalização das empresas chinesa

Os fluxos de investimento direto chinês (IED) no mundo multiplicaram-se por quase 30 vezes entre 1990 e 2007. Os montantes investidos por esse país passaram de US$ 44 milhões, em 1982, para US$ 830 milhões, em 1990, atingindo em 2007 a casa dos US$ 22,5 bilhões. Essa investida no exterior, no entanto, obedeceu a rígidos critérios, segundo a economista Luciana Acioly, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), autora de estudo sobre a internacionalização das empresas chinesas.


 


''Enquanto o Brasil demorou dez anos para abrir sua economia, a China vai levar quatro décadas'', comparou, acrescentando que, primeiramente, a China acumulou um bom volume de reservas e, depois, a internacionalização de empresas, predominantemente da indústria de transformação, serviu também para evitar a sobrevalorização da moeda.


 


''O fundamental para uma comparação entre as políticas brasileira e chinesa de internacionalização de empresas é que os asiáticos têm um planejamento estratégico, algo que anda esquecido no Brasil'', acrescentou. A aceleração do IED chinês foi maior a partir de 2003 e 2004, quando uma série de mudanças na política de incentivos à internacionalização e à simplificação de procedimentos foi implementada.


 


''Enquanto no Brasil a internacionalização de empresas fica a cargo da iniciativa privada, na China o Estado lidera o processo. E as empresas chinesas que atuam no exterior têm de cumprir rígida orientação e, em geral, dedicam-se a produzir insumos para a indústria doméstica'', observou, acrescentando que os mercados interno e regional são usados para aperfeiçoamento da competitividade.


 


Com agências