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Políticos 'avulsos' tentam boicotar reforma política

Uma movimentação nos bastidores do Congresso tenta criar um movimentro que pode dificultar a aprovação da reforma política nos moldes em que ela foi proposta, com voto em lista e financiamento público de campanha.

A iniciativa parte dos que podem ser chamados de “políticos avulsos”, parlamentares sem compromisso ou envolvimento partidário ou ligados aos chamados “partidos de aluguel” e geralmente eleitos por grupos de interesse. Estes parlamentares temem não serem escalados por suas respectivas legendas quando forem elaboradas as listas partidárias que disputarão as eleições proporcionais.



A voto em lista é uma das principais mudanças propostas no projeto de reforma política. Somente com o voto em lista será possível adotar a outra mudança essencial à reforma: o financiamento público de campanha. Sem estas duas alterações, a reforma política terá pouca serventia para o aprimoramento da democracia, a depuração dos quadros políticos e o fortalecimento dos partidos.



Segundo informações da imprensa, oito partidos estariam oficialmente envolvidos no boicote à reforma: PSB, PDT, PTB, PP, PR, PST, PMN e PRB.
O grupo reúne 168 deputados e representa 32,7% da Câmara. Os parlamentares esperam contar com o apoio de parte do PMDB e do PSDB –partidos que, em sua maioria, apoiam a mudança.



O início da votação da proposta está previsto para esta quarta-feira (27), com a discussão do requerimento de urgência. O G8 –grupo dos oito– deve anunciar que vai obstruir todos os projetos a partir de hoje, exigindo votação nominal.



A proposta de voto em lista fechada também encontra resistência na bancada evangélica da Câmara, que reúne quase 70 deputados.



Da redação,
com agências