Ousado Programa de Agricultura Indígena com técnicos indígena é lançado pela Sepror
A contratação de dez técnicos indígenas de 9 etnias diferentes foi o marco do lançamento do Programa de Agricultura Indígena, na tarde do último dia 26, no auditório do Centro Cultural dos Povos da
Publicado 26/05/2009 21:24 | Editado 04/03/2020 16:12
Mais de 200 índios de diversas etnias compareceram à solenidade de lançamento do projeto, juntamente com representantes dos poderes executivo e legislativo estadual e municipal, além de representantes de entidades ligadas ao setor primário amazonense, como Idam, Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), Comissão Executiva Permanente de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Codesav), Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Amazonas (Fettagri), entre outras.
Os técnicos contratados atuarão nos municípios das calhas dos Rios Negro (São Gabriel da Cachoeira e Santa Isabel do Rio Negro), Madeira (Borba, Nova Olinda do Norte e Autazes), Solimões (Tabatinga, Benjamim Constant e Atalaia do Norte)e município de Maués.
Para o titular da Sepror, deputado Eron Bezerra, este momento “é mais que uma contratação, é a concretização de um sonho e de um ideal para os índios, que há anos lutam por demarcações de áreas indígenas”.
Segundo ele, esta é mais uma contribuição da Sepror pelo ideal de bem-estar dos povos indígenas e dos agricultores: “A Sepror objetiva criar ferramentas para que os indígenas produzam e não vivam apenas de ajuda de custo de programas do governo”, ressalta, acrescentando que a curto prazo, a contratação dos índios deve beneficiar 1000 famílias das regiões envolvidas. A idéia é que em 4 anos, cerca de 20 mil famílias sejam beneficiadas.
De acordo com Edvaldo Mundurucu, técnico contratado da região do Madeira, esta iniciativa da Sepror é um grande avanço, pois o modelo atual não atende às necessidades da população indígena. ''Agora nós teremos condições e ferramentas para desenvolver um bom trabalho'', destaca.
Na opinião de Orlandino Baré, gerente da Agricultura Familiar Indígena, o programa é uma inovação na economia rural e ressalta: “Hoje, aproveitar estas terras de maneira produtiva e sustentável representa segurança para os índios, tanto na preservação da cultura, quanto na economia”.
Sepror AM
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