Tocantins: Quem está por trás das denúncias? Pergunta Marcelo.
Em entrevista durante evento nessa quarta-feira, 27, o governador Marcelo Miranda (PMDB) questionou quem estaria por trás das denúncias contra sua administração. “Por que não sai detrás e mostra a cara como eu estou mostrando”, afirmou Marcelo.
Publicado 28/05/2009 11:33 | Editado 04/03/2020 17:22
Em entrevista durante evento nessa quarta-feira, 27, o governador Marcelo Miranda (PMDB) questionou quem estaria por trás das denúncias contra sua administração. “Por que não sai detrás e mostra a cara como eu estou mostrando”, afirmou Marcelo.
Ele disse que respeita críticas construtivas, mas repudiou o que chamou de “críticas destrutivas”.
Durante audiência com representantes de 61 sindicatos rurais do Tocantins, Marcelo lembrou da decisão da Justiça Federal que determinou que ele derrubasse a casa que construiu à beira do lago. “Sou um humilde proprietário de uma chácara”, se auto-definiu o governador.
Segundo Marcelo, “aproveitaram” que ele estava nos Estados Unidos para utilizar a decisão judicial nessa questão da casa do lago contra ele. “Depois que eu expliquei ninguém falou mais nada”. No entanto, a Secretaria Estadual de Comunicação até hoje não divulgou nenhuma informação sobre se o governador conseguiu reverter ou não essa decisão da Justiça Federal.
O governador afirmou que vai tomar “todas as medidas cabíveis” para apurar responsabilidades sobre os prejuízos das aplicações financeiras do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins (Igeprev) em 2005 e 2006. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) condenou na terça-feira, 26, cinco ex-gestores a devolver R$ 24 milhões aos cofres públicos por antieconomicidade nas aplicações do fundo do instituto.
Foram condenados Ângela Marquez Batista, ex-presidente do Igeprev, Joel Rodrigues Milhomem, ex-diretor de Administração, Finanças e Investimentos e atual presidente do órgão; Eugênio Pacceli de Freitas Coelho, ex-presidente do Conselho de Administração e secretário estadual da Saúde; e os ex-membros do Conselho de Administração do instituto Lívio William Reis de Carvalho, atual vice-reitor da Unitins; e Luiz Antônio da Rocha, secretário-chefe do Gabinete do Governador.
Em 30 dias, o governo enfrentou três escândalos nacionais. O primeiro, no dia 26 de abril, quando o jornal Folha de S.Paulo publicou denúncia de que aliados do governador nas eleições municipais do ano passado teriam sido beneficiados com a distribuição de materiais esportivos. No dia 16 de maio, a revista Veja publicou denúncia da ex-assessora Ângela Costa Alves, ex-chefe de gabinete da primeira-dama Dulce Miranda, de que recursos públicos teriam sido utilizados para compras particulares, dinheiro teria sido doado a eleitores em 2006, ano da reeleição de Marcelo, e que shows teriam sido superfaturados e alguns sequer ocorreram.
Na terça-feira, a Operação Covil da Polícia Federal ocupou a Secretaria Estadual de Infraestrutura e o Dertins, dirigidos pelo pai do governador, Brito Miranda. O Ministério Público Federal afirmou que ainda não há nenhum indício de participação dos principais gestores. Contudo, ressaltou que as “graves irregularidades” indicam “uma anuência, ou conivência, ou um total descontrole” dos funcionários. “Mas isso está sendo averiguado ainda. O que dá para afirmar é que a licitação que foi firmada via secretaria contém gravíssimos indícios de irregularidades e vai ser objeto de uma análise e possivelmente vai se tentar a anulação dela na Justiça”, disse o procurador da República Rodrigo Luiz Bernardo Santos.
Nessa quarta-feira, o secretário estadual de Infraestrutura, Brito Miranda, afastou, temporariamente, os servidores acusados de estarem envolvidos nas irregularidades.
fonte:www.cleberoledo.com.br