Evo, em Havana, diz que mudança na América latina é irreversível
O presidente da Bolívia, Evo Morales, desembarcou nesta sexta-feira (11) em Havana para uma visita de 24 horas, durante a qual deve se reunir com seu colega cubano, Raúl Castro, e seu irmão mais velho, Fidel Castro. Ao ser recebido no ae
Publicado 11/06/2009 23:57
Evo Morales participou de uma conferência na Universidade de Havana, durante a qual falou dos processos revolucionários observados na América Latina. Para ele, a região vive hoje um contexto ''que já não pode ser revertido''.
''Sinto que este processo, ao menos na Bolívia, para mim é irreversível. É impossível retroceder, para que se volte ao modelo neoliberal'', ressaltou.
A última passagem de Evo Morales pela ilha ocorreu em maio de 2008. Com ele, já são 11 os governantes da América Latina que viajaram para lá nos últimos meses, entre eles o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O último foi o paraguaio Fernando Lugo, que esteve em Havana na semana passada. O interesse latino-americano pela Ilha socialista aguçou-se diante dos sinais de fadiga do bloqueio imposto a Cuba pelos Estados Unidos, que já dura há 47 anos.
Evo fez uma apreciação otimista sobre o fim do bloqueio. ''A decisão d 39ª Assembléia fa Organização dos Estados Americanos (OEA), de abrir as portas para Cuba, é um bom passo. Porém agora o mais imediato deve ser o fim do injusto cerco que Washington impôs à nação caribenha em 1962'', comentou para a agência Pensa Latina.
Também participaram do evento o chanceler Rodríguez e o vice-presidente do país, José Ramón Machado Ventura. Ao citar o caso boliviano, o presidente exaltou a nacionalização das reservas de hidrocarbonetos, o que segundo ele permitiu ''melhorar a economia do país'', e destacou as boas relações com os governos de Cuba e Venezuela.
''Buscamos a transformação e a igualdade entre nossos povos guiados por Cuba e Venezuela, e não me arrependo disso. Alguns dizem que nos submetemos a estes países, ou que a minha relação com [Hugo] Chávez me desgasta, mas não é verdade'', acrescentou.
A visita que Morales faz hoje a Cuba deveria ter ocorrido há cerca de dois meses, mas foi adiada porque naquele momento o presidente iniciou uma greve de fome para cobrar do Congresso a aprovação da nova lei eleitoral do país.
Da redação, com agências