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Chile: Eduardo Frei oficializa candidatura de continuidade

O ex-presidente Eduardo Frei, senador do Partido Democrata Cristão (PDC), oficializou ontem sua candidatura às eleições presidenciais de dezembro, pela coalizão governista, Concertación. No discurso, se comprometeu com a continuidade e falou em reforma

Cerca de seis mil pessoas compareceram ao teatro Caupolicán de Santiago, capital chilena, para assistir ao lançamento oficial da campanha, entre elas os ex-presidentes Patrício Aylwin (1990-1994) e Ricardo Lagos (2000-2006), além de 10 dos 22 ministros do atual governo, de Michelle Bachelet – o que foi criticado pela oposição.

Durante seu discurso de 30 minutos, Frei, que governou o país de 1994 a 2000, elogiou a atual gestão de Bachelet e prometeu que irá manter a linha traçada por seu governo. Ele disse ainda que, se eleito, irá promover uma reforma na Constituição vigente, herdada da ditadura, e fortalecerá o Estado ''para colocar um freio em tantos abusos''.

''Prometo terminar com toda forma de exclusão e discutir sem censura todos os temas que afetam a sociedade chilena'', acrescentou o candidato.

A coalizão Concertación de Partidos por la Democracia está no poder desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet e tentará seu quinto mandato consecutivo.

O lançamento da candidatura governista foi realizado em meio a um aumento da popularidade da presidente Bachelet (75%, segundo a última pesquisa da IPSOS) e ao avanço do deputado Marco Enríquez-Ominami nas consultas populares, que se desligou do Partido Socialista na sexta-feira passada para lançar sua pré-candidatura independente.

De acordo com a sondagem do IPSOS, divulgado ha uma semana, a seis meses do pleito, o candidato opositor de direita, o empresário Sebastián Piñera, receberia 34,1% dos votos, Frei 24% e Enríquez-Ominami 22,8%.

Numa eventual disputa no segundo turno, Piñera sairia vitorioso com 43,2% das preferências, à frente de Frei, com 39,1% dos votos.

Com Ansa