Mantega diz que país está saindo da crise e garante superávit
O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o Brasil está deixando a crise mundial para trás e que o País crescerá em torno de 4% nos próximos 12 meses. Conforme o ministro, as medidas anticíclicas adotadas pelo governo para superar a crise aumen
Publicado 29/07/2009 15:31
Mantega disse ainda que o governo espera uma arrecadação maior no segundo semestre, o que deve ajudar a melhorar a situação fiscal. “Cumpriremos o superávit primário de 2,5% este ano, sem usar o fundo soberano”, afirmou o ministro. O superávit primário do setor público chegou a R$ 3,376 bilhões em junho e a R$ 35,255 bilhões no primeiro semestre, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC).
Esse resultado é a diferença entre as receitas e as despesas, sem considerar os gastos com pagamentos de juros da dívida pública e representa a economia que o país faz para honrar seus compromissos financeiros. O valor do superávit primário de janeiro a junho corresponde a 2,44% do Produto Interno Bruto (PIB), soma dos bens e serviços produzidos no país.
Estímulo à economia
No mesmo período do ano passado, esse percentual era de 5,86%. A meta para esse indicador neste ano foi alterada pelo governo de 3,8% para 2,5% do PIB. A redução teve o objetivo de aumentar a capacidade de gastos e investimentos em meio à crise financeira internacional.
Segundo nota do BC, a redução do superávit primário vem refletindo o desempenho menos favorável da arrecadação em 2009, decorrente da queda do nível de atividade e das medidas de estímulo à economia, com redução de tributos, para fazer frente à crise. No mês passado, o governo central (União, Banco Central e Previdência) teve déficit primário de R$ 1,137 bilhão e no acumulado do ano, superávit de R$ 20,949 bilhões.
Os governos regionais (estaduais e municipais) registraram superávit primário de R$ 2,523 bilhões no mês passado e R$ 15,320 bilhões de janeiro a junho. No acumulado do ano, os governos estaduais contribuíram para o resultado com superávit primário de R$ 14,142 bilhões e os municipais com R$ 1,178 bilhão.
Juros nominais
Em junho, as empresas estatais tiveram superávit primário de R$ 1,989 bilhão. No acumulado do ano, o resultado é de déficit primário de R$ 1,015 bilhão, por conta do resultado negativo das federais (R$ 2,740 bilhões) e positivo das estaduais (R$ 1,544 bilhão) e municipais (R$ 182 milhões).
Ao serem incluídos os gastos com juros, tem-se o resultado nominal. Em junho, foi registrado déficit nominal de R$ 10,130 bilhões e no primeiro semestre de R$ 43,682 bilhões, valor que corresponde a 3,02% do PIB. Nos mesmos períodos do ano passado, esses valores déficit nominal eram de R$ 6,805 bilhões e R$ 7,180 bilhões, respectivamente.
Em junho, os gastos com juros nominais da dívida chegaram a R$ 13,506 bilhões. Nos seis primeiros meses do ano, esse valor chegou a R$ 78,937 bilhões. No ano passado, foi registrado gastos de R$ 17,128 bilhões em junho e de R$ 88,893 bilhões no primeiro semestre.
A informação é da Agência Brasil