Altamiro Borges: não há modelos de socialismo ou de revolução
O penúltimo encontro do ciclo de debates, realizado pelo PCdoB-RJ, que aconteceu no dia 4, contou com a presença do secretário nacional de Comunicação do Partido, Altamiro Borges, que falou sobre o Programa Socialista.
Publicado 10/08/2009 19:02

Para ele, o Programa Socialista é o grande debate deste 12º Congresso do PCdoB. Não é uma atualização do programa vigente, mas um esforço coletivo de elaboração de um novo projeto, “mais ajustado ao nosso tempo e que exige um grande esforço. Portanto, é um instrumento fundamental de disputa hegemônica”.
O dirigente nacional do PCdoB destacou ainda o novo quadro mundial e nacional, que contém, segundo ele, três características: “o esgotamento histórico do capitalismo, a falência do programa neoliberal e o declínio relativo dos EUA no mundo”.
Neste momento de crise, segundo Miro, como é conhecido, “o Brasil pode se tornar uma nação mais forte, desenvolvida, mais soberana e integrada aos países da América do Sul. Essa é uma grande oportunidade histórica”.
Programa socialista
Apesar de destacar as experiências socialistas de outros países, Miro afirmou que não existe modelo de socialismo e processo de revolução. “Cada país tem sua particularidade, numa determinada correlação de forças”, definiu.
Sobre os rumos do socialismo, Miro disse que não existe passagem direta ao socialismo. Para ele, “é uma questão complexa, com idas e vindas”.
Na próxima terça-feira (11), acontecerá o último debate sobre as teses do congresso. O tema será “A Política de Quadros”, com a presidente do PCdoB-RJ, Ana Rocha, com início às 18h, na sede do Partido.
Da redação local