Argentina renegocia com FMI mas sem submissão
O ministro de Economia da Argentina, Amado Boudou, anunciou que o governo "busca restabelecer a relação" com o Fundo Monetário Internacional (FMI) por ordem da presidente Cristina Kirchner. Boudou disse que vai negociar as condições de regresso da Argentina ao FMI, mas destacou que o organismo não realizará auditorias nas contas do país e sim "um intercâmbio de informações".
Publicado 01/09/2009 13:41
A dívida argentina com o FMI foi quitada pelo ex-presidente Néstor Kirchner no final de 2005. Boudou também destacou, em entrevista a um canal de TV local, na noite de domingo, que o governo não pretende pedir empréstimos ao FMI para "pagar salários, como fizeram governos anteriores".
Ele vai se reunir, nesta terça-feira, com o analista-chefe do FMI, Oliver Blanchard, para avançar nas conversas sobre o retorno da Argentina ao mercado de capitais. O objetivo do ministro não consiste só em obter um crédito do organismo para reforçar o caixa nacional, mas também em abrir o caminho para regularizar a situação da Argentina com o Clube de Paris, com quem mantém uma dívida em moratória de cerca de US$ 6 bilhões.
O diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, enviou carta à presidente Cristina Kirchner, na qual manifesta o desejo político do organismo de colaborar com a Argentina, segundo Boudou.
A informação é do Monitor Mercantil