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 Deputados pedem a Justiça hondurenha respeito a embaixada

Uma missão de deputados brasileiros pediu hoje à Suprema Corte de Justiça hondurenha respeito à integridade da embaixada em Tegucigalpa, onde o presidente deposto Manuel Zelaya está refugiado.

A delegação, que chegou ontem à noite a Tegucigalpa, se reuniu com os 15 juízes da corte a fim de conhecer a situação da sede diplomática e a crise que Honduras atravessa desde a derrubada de Zelaya.

O coordenador do grupo, o deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), declarou aos jornalistas que foi pedido a essa corte "respeito à integridade da embaixada do Brasil", aonde devem ir ainda dentro dessa missão.

"Essa é nossa preocupação", ressaltou Jungmann, que reiterou o desejo de que haja "diálogo para a superação da crise".

O presidente do Supremo hondurenho, Jorge Rivera, confirmou que os deputados expuseram aos juízes "suas preocupações com a segurança da sede brasileira".

"Informamos a eles que estamos com toda a disposição de dar proteção jurídica à sede e a todas as pessoas que lá estão", indicou.

Rivera assegurou que a Suprema Corte respeitará os convênios internacionais e "definitivamente protegerá a sede diplomática", onde Zelaya permanece desde 21 de setembro junto a sua mulher, Xiomara Castro, e dezenas de colaboradores e seguidores.

Zelaya denunciou ataques com gases, corte de serviços e outras ações das forças de segurança contra a embaixada do Brasil, que segue isolada por centenas de militares e policiais hondurenhos.

Rivera assegurou aos deputados brasileiros que não é verdade que a corte tenha considerado uma suposta solicitação do Ministério Público de investigar a embaixada, como circulou recentemente na imprensa local.

"Segundo palavras do presidente (da corte), jamais foi pensado qualquer tipo" de ação contra a embaixada, afirmou Raul Jungmann.

Também na missão, o deputado Mauricio Rands (PT-PE) pediu aos hondurenhos dialogar e buscar "uma solução pacífica" para a crise.

A missão da Câmara é composta também pelos deputados Bruno Araújo (PSDB-PE), Cláudio Cajado (DEM-BA), Ivan Valente (Psol-SP) e Janete Rocha Pietá (PT-SP).

Os deputados também se reuniram hoje com o comissário dos Direitos Humanos em Honduras, Ramón Custódio, que disse à imprensa que o Brasil deverá, segundo os políticos, definir em breve o status de Zelaya na embaixada.

A missão também se reunirá hoje com a comunidade brasileira residente em Honduras, o Parlamento, empresários e outros representantes da sociedade. Os deputados retornarão amanhã ao Brasil.

Fonte: EFE