Sem categoria

Ciro e Sarney defendem reforço do papel da Patrobrás

Pré-candidato à Presidência da República, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) defendeu o aumento da participação da União no capital acionário da Petrobras. Ele lembrou que, atualmente, grande parte das ações da empresa está em mãos do mercado, inclusive de investidores estrangeiros. Sarney elogia proposta de formato de peratilha.

Segundo Ciro, que apoia o monopólio da União no setor e o modelo de partilha, os privilégios da Petrobras em debate na proposta do novo marco regulatório do setor deveriam ser assegurados por meio de uma emenda constitucional. "Com todo o respeito à participação dos acionistas minoritários, é um imperativo nosso evoluir para uma empresa estatal de petróleo que exercite o monopólio", afirmou Ciro durante audiência pública da comissão especial da Câmara que analisa o projeto de lei do novo modelo do setor para partilha, da qual também participou o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli.

Para o parlamentar, o Brasil deve enfrentar o grande debate mundial do setor: se o petróleo ficará com o Estado ou com "as sete irmãs, o oligopólio internacional". Ele se referiu às sete principais empresas petrolíferas que controlaram o mercado na década de 1960. Atualmente, essas empresas ou foram incorporadas por outras ou ainda estão na ativa, como Shell e Texaco, mas já não possuem a maioria das reservas de petróleo, atuando no entanto fortemente no refino e distribuição.

Ciro criticou o que chamou de "injustiça com a população": "a partir da ideia de que a Petrobras tem uma governança privatista, deu-se à Petrobras a possibilidade de descolar seus preços dos seus custos de produção". O deputado também se mostrou otimista com o potencial das reservas de petróleo localizadas na camada pré-sal. "Temos petróleo sem limites: 150 bilhões, 200 bilhões de barris é o que eu estimo", disse, sorrindo.

Formato

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), também defendeu que as concessões para exploração das reservas de petróleo da camada pré-sal sejam preservadas em favor da Petrobras. Ele argumentou que coube durante 30 anos realizar os trabalhos de pesquisa e não seria justo, neste momento, "entregar as concessões a companhias privadas".

Para o senador, o formato de partilha desenhado pelo governo fortalece o trabalho da Petrobras. “A empresa fica muito mais forte, porque passa a comandar as parcerias que serão feitas. No mundo inteiro é assim, nenhum país que tem uma grande jazida abdica em favor de particular, sobretudo na área de petróleo”, disse o presidente do Senado.

Com agências