Mulheres conquistam espaços no mercado de trabalho iraniano
Mesmo tendo que se ocultar sob longos e negros tecidos, as mulheres iranianas estão conseguindo espaços profissionais em uma sociedade desenhada para homens.
Publicado 02/11/2009 17:01
As mulheres com formação universitária vêm conquistando cada vez mais lugares em novas profissões, como designer, engenharia da computação, tradução, psicologia e jornalismo. Em atividades de prestação de serviços e no comércio e negócios é praticamente inexistente a presença de mulheres.
As iranianas conseguiram representação no Parlamento e um espaço no Ministério da Saúde do governo do presidente Mahmoud Ahmedinejad. Na religião, as mulheres participam ativamente na formação e defesa dos valores da Revolução Islâmica, mas ficam em segundo plano na hierarquia do comando dos aiatolás – nenhuma delas pode receber este título.
De uma população de 65,3 milhões, cerca de 50% são mulheres. Uma pesquisa feita pela Organização Não Governamental Casa das Jornalistas do Irã indica que aproximadamente 12 milhões de mulheres jovens e adultas frequentam as universidade do país. “As mulheres têm uma participação ativa em busca das mais variadas atividades profissionais”, disse Tahereh Chek, secretária da Casa das Jornalistas.
É o caso de Laleh Alipour, que depois de se formar na Universidade de Teerã em designer de paisagem, faz mestrando sobre o mesmo temo em Londres, onde também trabalha no ramo. Assim que concluir o mestrado, Laleh quer voltar a Teerã para exercer a profissão.
Mona Saleh Fard vive no país e estuda engenharia da computação. Zorah Mahdi, formada em psicologia pela Universidade de Brasília, voltou a Teerã há dois anos, onde exerce a profissão de tradutora do farsi (língua oficial do Irã) para o português. Só há dois profissionais com essa habilitação em Teerã.
A presença das mulheres é quase igual à dos homens nas redações dos principais veículos de comunicação de Teerã. No jornal Ettala´at, embora haja um grande número de jornalistas mulheres, apenas faz parte da estrutura de chefia. O número de mulheres fotografas em Teerã é praticamente igual à dos homens. Elas disputam ativamente espaços em busca da melhor imagem nos eventos públicos.
Fonte: Agência Brasil