Militantes orgulhosos prestigiam ato político
Luiz Inácio Lula da Silva participa pela segunda vez como presidente da república de um Congresso do Partido Comunista do Brasil. Repetindo o gesto de 2005, Lula marcou presença no ato político nessa sexta-feira (7) acompanhado da ministra da Casa Civil e pré-candidata ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff.
Publicado 07/11/2009 04:17
Para a militância do partido, que passou a maior parte da sua história na clandestinidade, a visita representa o avanço da democracia no país e o reconhecimento, não só dos ilustres convidados, mas da sociedade brasileira. “O povo reconhece a atuação do PCdoB, seja por conta da atuação dos seus parlamentares, seja pelas lutas cotidianas dos comunistas nos movimentos sociais, seja na luta de ideias”, afirma o secretário-geral do Sindicato dos Condutores do Estado de São Paulo, Edvaldo Santiago (foto).
Nica Silva veio de Diadema (SP) somente para participar da noite que pra ela é uma grande festa. “É um orgulho a presença do Lula no nosso congresso, é muita honra, estamos muito felizes”, ressalta a militante eufórica com tantas presenças importantes. Além do presidente, oito ministros de Estado, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, senadores, deputados federais e tantos outros convidados que prestigiaram o evento.
A professora carioca Heloisa Vieira (foto) emociona-se ao dizer que, “para nós do PCdoB, Lula representa um avanço. Pela primeira vez na história do Brasil a classe trabalhadora chega ao governo e nós continuamos a luta para chegar a uma sociedade socialista.”
Fortalecimento da democracia, compromisso com os trabalhadores, diminuição da pobreza, política externa independente são ressaltados pelos participantes como as maiores conquistas desse governo que os comunistas ajudam a construir.
A participação do PCdoB nesse processo foi ressaltada pelo Secretário Nacional de Juventude, Beto Cury. “O PCdoB, nesses sete anos de governo, contribuiu com quadros dirigentes, militantes em ministérios, secretarias, mas contribuiu principalmente com ideias, com um projeto de país, que ao longo dos seus 87 anos vem formulando. Participando da gestão, o partido tem a oportunidade de implementar uma parte desse ideário.”
O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Ricardo Berzoini, lembrou da aliança histórica entre o PT e os comunistas. “Há vinte anos, em novembro de 1989, estávamos entusiasmados com Lula no segundo turno. Em 2010, com papel decisivo do PCdoB, vamos construir a unidade popular para eleger Dilma, rumo a uma sociedade justa, fraterna e socialista.”
Entre risos e lágrimas proporcionadas pela fala do operário-presidente a militância comunista sai com o desafio de garantir a continuidade do ciclo progressista para aprofundar as mudanças.
De São Paulo,
Renata Martins