Protógenes Queiroz ministra palestra no ES
A Faculdade Pitágoras (Campus Linhares-ES), através do Curso de Direito promoverá hoje o 1º Encontro de Integração Socio-Estudantil com o Tema: "O profissional de Direito e sua participação ativa no combate à corrupção." A palestra de abertura será com o Delegado de Polícia Federal Dr. Protógenes Queiroz, que abordará o tema "A corrupção e seus efeitos no Estado Democrático de Direito" às 19h. O encontro foi organizado pelos alunos do curso de Direito.
Publicado 16/11/2009 17:09 | Editado 04/03/2020 16:42

Ele é o homem que prendeu o banqueiro Daniel Dantas na famosa Operação Satiagraha e agora é vítima de perseguição política dos poderosos que ele atingiu. Para os eleitores paulistas, ele pode ser pré-candidato a senador ou governador pelo PCdoB-SP.
Na manhã desta segunda-feira (16/11/2009), Protógenes deu uma entrevista para o jornal local A Gazeta que está reproduzida abaixo:
Como o senhor define sua linha de pensamento político?
Resolvi ingressar na política para continuar o trabalho de combate à corrupção, que ficou praticamente impossibilitado dentro da PF. Também temos que resgatar a importância da presença do Estado perante a sociedade. Eu me alinho mais ao pensamento dos partidos de esquerda.
Que cargo eletivo o senhor está pleiteando?
Notadamente, já tenho o nome pré-indicado pelo PCdoB para concorrer ao cargo de senador ou governador de São Paulo.
Que avaliação o senhor faz do governo Lula?
Nós da esquerda depositamos toda a confiança no presidente Lula para iniciar esse novo ciclo de Brasil. E avançamos, a partir de programas muito relevantes que ele implantou, como o combate à fome e à pobreza.
O senhor apóia algum candidato à presidência?
Vou apoiar o candidato da frente de esquerda que vai se formar.
O senhor acompanha a política no Espírito Santo? O que acha do governo Paulo Hartung?
Sim. Entendo que é um Estado de difícil governabilidade, em que o atual governador implementou políticas significativas, principalmente no combate à corrupção e à violência. É um Estado problemático, que, por muitos anos, mostrou uma inclinação muito forte para a prática de crimes de pistolagem, ligados ao narcotráfico. Houve um salto de qualidade, mas o candidato que vencer tem que dar continuidade a essas metas conquistadas pelo governador.
Como avalia a atuação da PF ao longo do governo Lula?
Foi no governo Lula que a PF ampliou as ações e passou a enfrentar os crimes de colarinho branco. Mas houve dois momentos. No primeiro, sob a direção de Paulo Lacerda, vivemos a fase áurea em termos de gerência. Com isso, acentuaram-se as ações e os benefícios para a população. No segundo, o atual diretor, Luiz Fernando Corrêa, segue uma linha totalmente oposta, voltando a instituição para questões internas. As grandes operações deixaram de ocorrer.
Da Redação local.