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Sem desprezar PCdoB e PSB, Berzoini diz que prioridade é o PMDB

Numa coletiva para anunciar o resultado do processo eleitoral da sigla, o atual presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini (SP), disse nesta quarta (25) que a prioridade de alianças do partido visando às eleições de 2010 será com o PMDB. Porém, ele salientou que as siglas PSB e PCdoB, tradicionais aliados, não podem ser desprezadas. “É necessário considerar o porte do PMDB, partido que tem mais deputados, mais senadores, mais governadores e mais prefeitos”, disse Berzoini.

No caso do PSB, o dirigente deu como exemplo “a boa conversa” que o partido mantém com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. "Também temos proximidade com o governador do Ceará, Cid Gomes, e com a governadora do Rio Grande do Norte, Wilma Faria”, acrescentou Berzoini. Os dois são filiados do PSB.

O deputado minimizou um possível conflito entre o PT e o PSB, devido à prioridade de aliança com o PMDB. “Não podemos partir do pressuposto de que as coisas já estão acertadas. No Espírito Santo, por exemplo, houve uma movimentação do prefeito João Coser [do PT] em direção ao PMDB, mas isso não é uma coisa definida pelo partido.Há também conversas no sentido de trazer o senador Renato Casagrande [PSB] para um projeto junto com o PT"

Novo presidente da sigla

Com 84,68% dos votos apurados, o novo presidente da sigla, o ex-presidente da Petrobras e ex-senador por Sergipe José Eduardo Dutra, concordou com Berzoini e disse que o objetivo do partido será manter todas as alianças que o presidente Lula vem trabalhando em torno da candidatura da ministra Dilma Rousseff.

“Estamos trabalhando no sentido de garantir para o palanque da nossa candidata ano que vem a mesma base de apoio que hoje tem o presidente, trabalhamos nessa direção”, disse Dutra.

O novo presidente também discordou da tese do presidenciável Ciro Gomes (PSB-CE) para quem seria melhor lançar mais de um candidato da base para enfrentar a oposição. "É lógico que a decisão de aliança depende dos partidos, eles têm autonomia para decidir. Alguns, como é o caso de Ciro Gomes, têm uma tese que respeito, mas que é diferente da nossa: de que seria melhor lançar mais de um candidato dentro da base", afirmou.

Da sucursal de Brasília com informações de Agências