Haiti: 71% da população vivem em extrema pobreza após sismo
O pior terremoto dos últimos anos no Haiti, registrado no dia 12 de janeiro atingindo 7,0 graus na Escala Richter, fez o país recuar aos níveis de pobreza de quase uma década atrás. A análise é da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). De acordo com a Cepal, 71% da população do Haiti vivem na linha de extrema pobreza. Nesta segunda, o Banco Interamericano de Desenvolvimento anunciou que perdoará a dívida do Haiti.
Publicado 22/03/2010 11:47
A secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, apresentou o documento na reunião do Comitê de Desenvolvimento do Caribe e da Cooperação. Segundo ela, o relatório é preliminar. Mas tem como objetivo apontar as necessidades de ação e as possibilidades de reconstrução no Haiti.
“Estes acontecimentos trágicos servem para que se reforce o conceito da necessidade de medidas que visam à redução de risco de desastres especialmente no Caribe”, afirmou Bárcena.
Na semana passada, o Ministério da Economia, Planejamento e Desenvolvimento da República Dominicana divulgou um estudo indicando que em decorrência do terremoto no Haiti 222.570 pessoas morreram, 310 mil se feriram e 810 ainda estão desaparecidas.
O mesmo documento informa ainda que cálculos iniciais indicam perdas materiais avaliadas em US$ 7,7 bilhões. De acordo com o governo do Haiti, serão necessários cerca de US$ 11,5 milhões para a reconstrução do país.
"Dívida"
Os 48 membros do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) chegaram a um acordo de princípio nesta segunda-feira para perdoar a dívida de 479 milhões do Haiti. Além disso, o país mais pobre do continente poderá receber 200 milhões de dólares em doações a cada ano, durante uma década.
A ampliação foi acordada por um comitê negociador dos ministros e precisa ser aprovada pelo plenário da assembleia anual ainda nesta segunda-feira, explicou o presidente da assembleia de ministros do banco, o ministro colombiano da Fazenda, Oscar Zuluaga."Esperamos poder cumprir o objetivo de 12 bilhões de dólares de desembolsos por ano", disse
Com agências