Jô Moraes: construção da unidade está atrasada em Minas
A deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG) disse hoje que a decisão do PT sobre o nome para uma possível disputa ao Governo de Minas Gerais está em segundo lugar no grau de importância do debate político. “A prioridade hoje é a construção do palanque único para a candidata do presidente Lula ao Palácio do Planalto”, disse.
Publicado 04/05/2010 18:20 | Editado 04/03/2020 16:50

A declaração foi dada ao ancora da Rádio CBN, Marcelo Guedes, durante entrevista sobre a vitória do ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, nas prévias do partido para a indicação do candidato ao governo de Minas. Pimentel obteve 52% dos votos válidos contra 48% dados ao ex-ministro Patrus Ananias. A baixa participação dos filiados foi outra característica das primárias petista.
Segundo Jô Moraes, o que está em jogo não é a sua aldeia, ou a nossa aldeia, mas uma discussão maior que implica a manutenção e continuidade de um projeto político nacional.
Questionada se estava dizendo que não importa qual o campo que venha a ocupar o Palácio da Liberdade (sede do governo mineiro), a deputada explicou que importa uma sintonia entre os dois palácios (entre os governo federal e mineiro), mas a prioridade é a construção de um palanque único para a candidata apoiada pelos partidos da base do presidente Lula.
Quadros
Ela apontou o atraso desta empreitada em Minas Gerais. “Qual a chapa majoritária para disputar o governo, para disputar o Senado? Qual é a candidatura a vice-governador?, questionou. “O ruim é que este esforço rumo a um palanque único em Minas está atrasado. E neste sentido é muito bom que o PT já tenha terminado sua discussão”.
Quanto à alternativa mais confortável para o PCdoB, a de ser cabeça-de-chapa na disputa majoritária, Jô Moraes ponderou que esta não é a questão em debate. Ela apontou que o partido tem lideranças capacitadas e preparadas para este desafio, para estar na composição da chapa majoritária, mas política não se faz com desejos. As discussões, ponderou, não giram no âmbito de nomes, mas de projetos voltados ao desenvolvimento é à promoção do Estado.
A deputada citou como metas da lógica, deste esforço mineiro, a mudança do perfil de exportador de commodities para exportador de produtos de valor agregado; de potencialização da agricultura familiar, entre outros.
Sobre a perspectiva de o PCdoB se colocar como alternativa a vice numa chapa com o PMDB (leia-se Hélio Costa), no caso de a composição com o PT não vingar, como hoje apontam os desdobramentos do embate entre as duas legendas, a parlamentar também foi enfática. Embora o PCdoB tenha lideranças para esta alternativa, o esforço hoje é de construção de uma bancada para o Congresso Nacional e também de atuação decisiva nas questões que tramitam na Casa e que são prioritárias para o País.
Para ela, a construção de uma unidade dos partidos da base de Lula é o foco e que não será preciso o PCdoB se apresentar para esta alternativa. Vale lembrar que o nome da deputada tem sido cogitado para a composição da chapa majoritária em várias oportunidades.
De Belo Horizonte,
Graça Gomes