Debate foi marcado novamente por polarização PT e PSDB em SP

Candidatos ao governo de SP usam debate na TV para pedir votos a presidenciáveis. Além do pedido de votos, o debate Estadão/TV Gazeta, que reuniu ontem candidatos ao governo paulista, foi marcado por um duelo entre Geraldo Alckmin (PSDB) e Aloizio Mercadante (PT) em torno do tema educação. Outros pontos fracos de gestões do PSDB no estado foram usados pelos demais candidatos como forma de atingir Alckmin, ainda líder nas pesquisas de intenção de voto.

Debate na Band

Os candidatos ao governo de São Paulo participaram de debate na noite desta terça-feira (24). O encontro foi polarizado entre Geraldo Alckmin (PSDB) e Aloizio Mercadante (PT). Também participaram do debate Celso Russomano (PP), Paulo Skaf (PSB), Fabio Feldmann (PV) e Paulo Bufalo (PSOL). Mais uma vez, as críticas à gestão tucana dominaram a discussão entre os candidatos ao Palácio dos Bandeirantes.

Alckmin e Mercadante aproveitaram para pedir votos para os candidatos de seus partidos à Presidência. Enquanto o tucano foi explícito ao pedir votos a José Serra, Mercadante citou parceria com a “presidente” Dilma Rousseff (PT) ao fim do encontro.

Educação

Tema de discórdia entre petistas e tucanos, a progressão continuada nas escolas estaduais foi criticada por Mercadante. O petista criticou o sistema de aprovação automática. Segundo ele, crianças estão saindo das escolas sem saber ler e escrever.

Apesar de ter admitido a qualidade de ensino das ETECs (Escolas Técnicas Estaduais) e Fatecs (Faculdades de Tecnologia), Mercadante disse que os alunos das escolas públicas não conseguem vagas nos cursos. Além disso, o petista falou que os professores não são valorizados no Estado e que é preciso investir mais em sino técnico.

Em um dos pontos mais quentes do debate, o candidato do PT questionou se Alckmin colocaria os filhos em uma escola pública. O tucano evitou responder à questão, exaltou os números da área e disse que Mercadante é “especialista em falar mal”.

Feldmann defendeu a educação como um setor fundamental e disse que é favorável à progressão continuada. No entanto, o candidato do PV propôs mudanças na grade curricular e o acompanhamento dos alunos.

Saúde

Alvo de críticas dos adversários, Alckmin foi questionado por uma jornalista se daria aumento para os médicos. O tucano não prometeu reajuste salarial para os trabalhadores do setor, mas disse que vai investir na área. Médico, o ex-governador disse que “é um dever” melhorar a saúde e disse que São Paulo é pioneiro na área da saúde no país e tem hospitais referência.

Russomano voltou a defender o piso de R$ 12 mil para os médicos. Segundo ele, só assim os servidores da área da saúde vão parar de “pular” de um plantão para outro. O candidato do PP também disse que é preciso uma política de prevenção.

Com discurso colado ao candidato do partido à Presidência, Paulo Bufalo disse que a saúde em São Paulo foi privatizada. Bufalo também disse que o governo estadual abandonou a prevenção para a população “comprar a cura”.

Economia

No segundo bloco, o tema economia e a gestão da dívida pública de São Paulo foi tema de pergunta de Bufalo a Mercadante. O petista criticou a privatização do Banespa e a venda da Nossa Caixa.

Skaf também entrou no assunto ao se colocar contra a cobrança de novos tributos em São Paulo e dizer que a arrecadação no Estado é comparável a de toda a Argentina.

Segurança

O tema segurança também foi alvo constante dos candidatos da oposição durante o encontro. Ao responder uma questão sobre degradação do metrô, Russomano criticou a segurança pública no Estado e as condições de trabalho dos policiais militares. Skaf também lembrou que nos últimos 14 anos, apesar da queda no número de homicídios, a sensação de insegurança permanece.

Alckmin admitiu a dificuldade de se tratar do assunto e lembrou a construção de penitenciárias e o aumento no número do efetivo policial no Estado como medidas adotadas na área.

Transporte

Os pedágios cobrados nas estradas paulistas foram alvo de críticas durante o debate entre candidatos ao governo de São Paulo. Skaf propôs descontar os valores no IPVA.

Enquanto isso, Russomano criticou a construção de praças de pedágio no recém-inaugurado trecho oeste do Rodoanel, estrada feita para desafogar o trânsito na principais vias da capital paulista.
Da redação, informações com R7 e O Estado de S. Paulo