Desigualdade nos EUA atinge maior nível em 15 anos
A crise afetou o modo de vida dos americanos. Dados divulgados pelo Censo mostraram, por exemplo, que a desigualdade entre ricos e pobres no país atingiu um patamar recorde: Os 20% do topo da pirâmide, aqueles que ganham mais de 100 mil dólares por ano, ficaram com 49,4% de toda a a riqueza gerada nos EUA, enquanto os 20% na base ficaram com apenas 3,4%. A proporção é de 14,5 para 1, contra 13,6 em 2008.
Publicado 30/09/2010 18:01
“A desigualdade de renda está aumentando. Mais que em outros países, nos Estados Unidos temos uma distribuição de renda na qual os salários vão para o topo em uma economia que privilegia os mais fortes”, disse Timothy Smeeding, professor da Universidade de Wisconsin-Madison.
O Censo mostrou ainda que a renda familiar média recuou 2,9% (de US$ 51.726 por ano em 2008 para US$ 50.221 em 2009).
A menor é a do estado do Mississippi e a maior, a de Maryland. A fatia de americanos com renda de metade da linha da pobreza – cerca de 11 mil dólares por ano para uma família de quatro pessoas – está agora em 6,3% da população.
A pesquisa revelou ainda questões curiosas, resultantes da crise. O número de adultos casados, por exemplo, nunca esteve tão baixo. No ano passado, apenas 52% dos americanos com mais de 18 anos se casaram, contra 57% em 2000.
Enquanto isso, o número de pessoas vivendo sob o mesmo teto passou de 2,41 em 2006 para 2,48 no ano passado, num reflexo da crise imobiliária que assola a América há alguns anos. De fato, o índice de casas vazias passou de 11,6% para 12,6% na mesma comparação, como conseqüência da retomada de imóveis pela inadimplência das hipotecas.
Fonte: Jornal AcheiUSA