Sem categoria

Depois de subir 2,58% na semana passada, dólar volta a cair

A cotação do dólar comercial fechou em baixa de 0,47% nesta segunda-feira (25), a R$ 1,701 na venda. Com isso, a moeda consegue ficar no patamar de R$ 1,70 pela 2ª vez em outubro.
Na semana passada, o dólar teve variação positiva de 2,58%, a maior alta semanal desde junho. No mês, a moeda norte-americana tem valorização de 0,53%, porém, no ano, perde 2,41%.

O Banco Central (BC) voltou a fazer dois leilões de compra de dólar ao longo do dia. Na primeira intervenção, o BC comprou moeda a R$ 1,708. Na segunda operação, o valor aceito foi de R$ 1,705.

Queda generalizada

A queda generalizada do dólar no exterior ocorreu no primeiro dia útil após a reunião dos ministros do G20, na Coreia do Sul. Apesar do consenso de que os países devem evitar medidas para desvalorizar suas moedas, o encontro não chegou a um acordo sobre metas ou medidas concretas sobre o câmbio.

"Com certeza, isso não representa um obstáculo para os planos do Federal Reserve de fazer mais uma rodada de estímulo monetário", afirmou à Reuters Marc Chandler, economista da Brown Brothers Harriman, em referência à reunião do banco central dos Estados Unidos no início de novembro.

A possibilidade de que o Fed ofereça mais estímulos é a principal razão por trás da queda da moeda norte-americana nas últimas semanas, pois significa que centenas de bilhões de dólares irão irrigar a economia mundial, o que inevitavelmente vai gerar inflação (desvalorização da moeda estadunidense). Isto tem provocado sérios transtornos nos mercados cambiais e no comércio exterior.

Bom tamanho?

No Brasil, o mercado foi pautado pela especulação de que o governo poderia reintroduzir a cobrança de imposto de renda sobre os ganhos de capital dos investidores estrangeiros em renda fixa. Segundo Luiz Antônio Abdo, gerente da mesa de câmbio da corretora Souza Barros, esse foi o principal motivo para que o dólar chegasse a subir a R$ 1,71.

Perto do fechamento, no entanto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou que o governo esteja estudando a medida. Ele acrescentou que as decisões já tomadas, como o imposto de 6% sobre a entrada de dólares para renda fixa, parecem ser de "bom tamanho".

Na agenda de dados, o Banco Central divulgou déficit de US$ 3,850 bilhões em transações correntes em setembro e investimento estrangeiro direto de US$ 5,391 bilhões. Já o fluxo de dólares para o país em outubro, segundo o BC, está positivo em US$ 3,793 bilhões até dia 21.

Com agências