Ana Júlia revela possível inelegibilidade de Jatene
No último debate dos candidatos ao governo do Pará, na noite desta quinta-feira, 28, na TV Liberal, Ana Júlia Carepa (PT) apontou que o adversário Simão Jatene (PSDB) poderá ficar inelegível se for condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo que responde por abuso de poder econômico nas eleições de 2006.
Publicado 29/10/2010 16:43 | Editado 04/03/2020 16:53
“O senhor contou aos eleitores que, caso seja condenado, poderá ficar inelegível como governador e a qualquer outro cargo eletivo?”, indagou a petista. O tucano admitiu ser réu na referida ação, ajuizada contra ele em 2004, e também menosprezou a Justiça, argumentando que o caso tramita há seis anos. “Toda semana diziam que a gente sairia do governo”, disse, completando que não foi afastado do cargo. Jatene não apresentou nenhuma proposta para desenvolver o Pará.
O programa foi transmitido a todo o Estado pelas emissoras Liberal e Tapajós e pelo Portal ORM. O assunto do processo de Jatene foi tema do segundo bloco. “O eleitor precisa saber quem é o candidato que ele quer votar. Basta entrar no site do STF e encontrar o processo (movido contra Jatene)”, destacou Ana Júlia. Jatene tentou dizer que Ana também abusa de poder econômico, mas foi desmentido. A candidata petista provou que é ficha limpa.
No primeiro bloco os candidatos fizeram perguntas mútuas sobre segurança pública, educação, cultura, esporte e lazer. Ana Júlia falou das ações realizadas no atual mandato e demonstrou que tem propostas, ao contrário do tucano, que não falou em propostas. Ela é a governadora que mais fez obras pelo Estado, contemplando todos os 144 municípios, totalizando mais de 9 mil obras.
Ana disse que Jatene ampliou o efetivo policial em apenas 400 policiais, enquanto ela fez concurso público para quase 10 vezes mais que o efetivo incorporado pelo tucano, ou seja, quase 4.000 policiais militares, mas, na tréplica, Jatene distorceu os números para tentar confundir o eleitor, sugerindo que a petista afirmava ter multiplicado por 10 o total do efetivo policial existente no Estado, o que daria um número difícil de ser atingido.
A petista também destacou investimentos como a ampliação dos equipamentos de segurança pública e da estrutura para o registro de ocorrências, o projeto de lei para a gratificação de 41% aos policiais e a implantação das bases de polícia comunitária em parceria com o presidente Lula, que estão diminuindo a violência, e, por isso, ela vai implantar mais 111 bases como essas no Estado, na próxima gestão.
Para prevenir a violência, Ana Júlia também criou o Bolsa Trabalho e o Navegapará, que levam capacitação profissional e internet gratuita como instrumentos de oportunidade e também de lazer à juventude. Nos próximos quatro anos, ela fará mais 100 mil bolsas trabalho e 600 infocentros.
Ana também recuperou escolas, já que 90% estavam precisando de reforma, quando ela assumiu o governo, e valorizou o esporte e a cultura popular como veículos de integração do Estado. Ela fez 18 editais de cultura, implantou 60 pontos de cultura e 35 Cines Mais Cultura, que ajudaram a valorizar a cultura popular. Ela disse que vai fazer maios 100 pontos de cultura no Estado e mais 100 editais de cultura, além de 338 quadras de esporte nas escolas e 38 praças da juventude.
Jatene voltou a tentar induzir o público a erro ao dizer que Ana Júlia concedeu reajuste menor do que ele aos servidores da educação. Ana Júlia informou sobre o apoio que recebeu da maioria dos sindicatos e federações de trabalhadores. O apoio à sua reeleição se deve ao fato de que enquanto a gestão do tucano não concedeu sequer reposição das perdas salariais, Ana conseguiu reajuste todos os anos do seu governo com ganho real, estendeu o auxílio alimentação a todos os servidores estaduais e ainda sancionou o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos servidores da educação, reivindicado há mais de 20 anos pela categoria.
40 mil casas – A exemplo do debate anterior, novamente o tucano não soube responder à pergunta da petista sobre as 40 mil casas populares que ele havia negociado com a Vale, em troca da siderúrgica que seria construída no Maranhão para industrializar o minério de ferro paraense. “O candidato não respondeu, porque ele não teve força política nem para trazer a siderúrgica e nem as casas. Nenhuma casa foi construída. Fizemos as obras necessárias para trazer a siderúrgica ao Pará. Hoje tivemos 30 mil casas, entre aquelas que já foram entregues e as que estão em construção. E a siderúrgica vai mudar a vida do Pará totalmente, gerando 20 mil empregos e atraindo outras empresas ao Estado”, arrematou Ana Júlia.
Nas considerações finais, a petista agradeceu aos telespectadores e disse que a vida do povo melhorou com os estímulos que aumentaram o consumo, garantindo comida na mesa e aumento da construção civil e da industrialização, inserindo o Pará no caminho do desenvolvimento trilhado pelo presidente Lula. Ela destacou que a parceria com o governo federal foi importante para o Estado, pois ela conseguiu com Lula as obras essenciais ao desenvolvimento do Pará que eram há muito tempo esperadas pela população, como as eclusas de Tucuruí, a hidrovia do Tocantins, a ampliação do Porto de Vila do Conde e o asfaltamento da Santarém-Cuiabá e da Transamazônica. Ana reafirmou que a parceria vai continuar com a reeleição dela no Estado e a eleição de Dilma Rousseff (PT) como a presidente do Brasil.
Fonte: Assessoria de Imprensa13