A palavra e a imagem que transformam e libertam
A partir deste final de semana (6 e 7 de novembro) o Vermelho inaugura um novo espaço: Prosa, Poesia e Arte.
Publicado 05/11/2010 19:34
Através dele, difundiremos obras literárias e artísticas, reveladoras da infinita capacidade criativa do ser humano, de seu agudo e refinado espírito, da sua crítica, emoção e razão.
A experiência humana em toda a sua vastidão e plenitude – sentimentos, conflitos, sonhos, realizações, venturas e desventuras é o inesgotável repertório das grandes obras artísticas.
Nas obras literárias e artísticas de bom gosto, apuro e nível estético elevado, forma peculiar da expressão humana, estão retratadas e desvendadas a realidade, a vida espiritual da sociedade, sua consciência coletiva, seu modo de ser.
Através de tais obras é que se conhece em profundidade a história de um povo e ele próprio toma consciência de sua própria existência, valor e papel na história.
Neste novo espaço o leitor do Vermelho se afastará da simples notícia, da reportagem factual, dos comentários áridos com que é necessário intervir sobre uma realidade de conflitos políticos e sociais. Este lugar será ocupado pela manifestação estética: um verso, um poema, uma canção, uma crônica, um conto, um fragmento de romance, imagens de obras das artes plásticas.
Terão lugar aqui as manifestações estéticas de todas as épocas e latitudes. Tanto quanto possível combinaremos o local com o universal, o inédito com o clássico, os autores novos com os consagrados.
Começamos com um Diálogo Literário, uma conversa fluente, escorreita, frontal, aberta entre um escritor e um artista plástico. Erudito ou popular, o Abelardo da Hora? Inútil o classificar. Ele é de toda a gente, como diz o Urariano Mota, fecundo escritor pernambucano. Nesse sentido é popular. Mas que dizer do Abelardo da Hora, também artista criador de obras de raríssima beleza e formador de tantos consagrados artistas, senão que ele é um desses filhos do povo brasileiro prodigalizados pelo talento e a erudição?
O Vermelho mostrará também neste espaço, a arte e a literatura inspiradas na lida e na luta do povo brasileiro e dos povos do mundo. Queremos ser a voz dos proscritos, dos rebeldes. Queremos juntar as nossas palavras e imagens àquelas que instigam, protestam, mobilizam, transformam e libertam.
José Reinaldo Carvalho, editor do Vermelho