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Ameaça de bomba suspende julgamento no Equador

Foi suspenso no Equador, após uma ameaça de bomba, o julgamento do ex-diretor do hospital da polícia, César Carrión, acusado de ser cúmplice na tentativa de assassinato do presidente Rafael Correa durante a rebelião policial de 30 de setembro de 2010.

O tribunal suspendeu as atividades após receber um telefonema anônimo que avisava sobre a presença de uma bomba no prédio. As pessoas presentes no local foram retiradas em meio a gritos de familiares e amigos de Carrión avisando que "a única bomba existente é o medo de que seja dita a verdade".

O promotor do caso, Luis Enríquez, teve de sair do prédio sob forte proteção policial. Ele acusa o ex-diretor de impedir a entrada de Correa no hospital, trancando a entrada do local com um cadeado, enquanto o mandatário era atacado com gás lacrimogêneo.

O assessor da Presidência, Francisco Latorre, uma das testemunhas convocadas para depor, negou ter visto um cadeado na porta quando o advogado de Carrión, Stalin López, o questionou sobre o assunto. O acusado mostrou-se confiante a respeito do julgamento, segundo reportou a imprensa local.

A promotoria também acusou os suboficiais Luis Bahamonde e Jaime Paucar como autores da tentativa de assassinato. O primeiro teria lançado gás de pimenta contra o mandatário e o segundo, retirado a máscara antigás que ele vestia.

O comandante da polícia de Quito, Edmundo Moncayo, após uma demorada inspeção, descartou a possibilidade de existirem explosivos no recinto. Na última terça-feira, outra ameaça de bomba foi registrada no Conselho Eleitoral equatoriano, que contabiliza os votos do último referendo feito no país, no último final de semana.

Em setembro do ano passado, policiais iniciaram um protesto contra um suposto corte de benefícios que acabou gerando uma rebelião no país. O levante foi classificado como uma tentativa de golpe de Estado por organismos como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a União das Nações Sul-Americanas (Unasul).

Fonte: Ansa