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Comitê Rio 2016 acha que a cidade será ainda mais maravilhosa

"Em termos de reurbanização, o Rio de Janeiro vai ultrapassar Barcelona como modelo com os Jogos Olímpicos de 2016". A afirmação é do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Organizador da Rio 2016 (Riocog), Carlos Nuzman, reiterada diante de alguns jornalistas quinta-feira (12/5), na Casa Internacional do Esporte, em Lausanne.

Por Claudinê Gonçalves, na agência swissinfo

De um entusiasmo inabalável, o presidente do COB e do Riocog Carlos Nuzman, diz que o Rio de Janeiro vai se tornar “um modelo para outras cidades” depois Jogos Olímpicos de 2016.

Ao apresentar o projeto à imprensa em Lausanne – cidade suíça da região oeste e conhecida como capital olímpica – Nuzman falou dos quatro bairros em que serão construídas as instalações (Barra, Copacabana, Deodoro e Maracanã) e da linha 4 do metrô que vai integrar os quatro polos dos jogos. Algumas das instalações dos Panamericanos serão reaproveitadas.

Insiste também na recuperação da zona portuária e na pacificação das favelas, sabendo que a segurança é uma questão recorrente na imprensa internacional quando da se fala da Copa de 2014 e dos JO de 2016.

Leia a seguir trechos da entrevista que Carlos Nuzman concedeu à agência swissinfo.ch.

Os atrasos nas obras da Copa do Mundo não podem prejudicar o calendário da Rio 2016?
Carlos Nuzman: Os comitês de organização são diferentes. Nós não temos qualquer relação com o comitê da Copa, da mesma maneira que o comitê da Copa não tem conosco. As obras que os governos estão fazendo é uma questão de relação dos governos, separadamente, com um e com outro. Eu não tenho dúvida que a Copa do Mundo será um grande sucesso no Brasil . Vai atender a todos os requisitos, o esforço do governo brasileiro tem sido muito grande e tenho certeza que será um sucesso enorme.

Como está a arrecadação de recursos para 2016?
C.N.: Como estabelece o Comitê Olímpico Internacional (COI), existem dois orçamentos: o comitê organizador, que eu presido, tem um orçamento só para organizar os jogos. As obras e a infraestrutura (segurança, saúde, etc.) são da responsabilidade dos governos, com orçamentos deles.

Mas o comitê organizador está captando recursos?
C.N.: O Comitê Organizador tem direito de ter os seus patrocinadores e vai receber também uma ajuda do COI, mas isso só mais perto dos Jogos é que vamos saber.

Como ficam a exploração das marcas do Comitê Olimpico?
C.N.: Vamos trabalhar as marcas depois dos Jogos de Londres, em 2012. Não podemos trabalhar antes porque Londres ainda está vendendo, mas certamente faremos uma série de licenciamentos.

E os direitos de transmissão dos Jogos?
C.N.: Os direitos foram negociados e vendidos pelo Comitê Olímpico Internacional. Não tem nada a ver com o Comitê Organizador. Para o Rio 2016, os direitos foram vendidos para a Rede Globo, a Rede Record e a Rede Bandeirantes.

Quando serão negociados os contratos de publicidade?
C.N.: Esse é o longo processo que vai de agora até os Jogos. Por enquanto as atenções e os holofotes estão em Londres. Depois é que voltarão para nós.

O governo federal criou a Autoridade Pública Olímpica (APO) para coordenar as esferas federal, estadual e municipal e nomeou o ex-ministro Henrique Meirelles. Como é essa relação?
C.N.: Excelente. Já tivemos reuniões e não vejo nenhum problema. Ao contrário. Acho que vai ser mais um demonstração que trabalhamos em conjunto com os governos e essa foi uma das razões da nossa vitória.

Como será o Rio depois de 2016?
C.N.: Será o maior exemplo de transformação de uma cidade por conta dos Jogos Olímpicos. O Rio vai substituir Barcelona como exemplo para futuras candidaturas olímpicas.