Brasil e África do Sul procuram solução para crise na Líbia
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, propôs nesta quinta-feira (2) a seu colega da África do Sul, Jacob Zuma, que os dois países articulem no Conselho de Segurança da ONU uma saída política para a crise na Líbia, segundo a assessoria da Presidência.
Publicado 02/06/2011 19:36
O presidente sul-africano telefonou para Dilma e os dois líderes conversaram durante cerca de 10 minutos sobre a crise na Líbia e a futura liderança do Fundo Monetário Internacional.
Zuma, que se reuniu pessoalmente com o presidente da Líbia Muamar Kadafi esta semana, relatou a Dilma seus esforços na negociação de uma saída para a crise.
Segundo a assessoria da Presidência, Dilma e Zuma expressaram preocupação com a deterioração da situação humanitária na Líbia, onde amotinados e o exército local travam uma guerra civil há mais de 100 dias.
Os dois líderes também questionaram as ações do Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan) em meio ao conflito, apontando que a Otan ultrapassa suas atribuições.
Dilma também citou impactos negativos do conflito sobre a população civil e, por sugestão dela, ficou acertado que os dois países se articulariam no Conselho de Segurança da ONU para buscar uma saída política para a crise.
Apoio no FMI
O presidente Zuma também consultou Dilma sobre a posição do Brasil diante de uma eventual candidatura do ex-ministro das Finanças sul-africano Trevor Manuel à chefia do FMI.
Zuma disse acreditar que os países em desenvolvimentos devem ter uma oportunidade de dirigir o fundo e ouviu de Dilma que o Brasil tem sido enfático na defesa de maior participação dos emergentes em organismos internacionais.
Dilma também repetiu para Zuma o que o governo brasileiro já havia dito diante das consultas de França e México: o país espera a consolidação do quadro de candidaturas para confirmar seu apoio e defende que o processo de escolha do próximo dirigente do fundo seja aberto, transparente, independente das nacionalidades e orientado por questões de mérito.
Com agências