Maioria dos senadores quer fim de sigilo eterno de documentos
A maioria dos senadores é contra a manutenção de documentos oficiais sob sigilo eterno e promete votar a favor do projeto de lei que assegura a liberação completa de todos os arquivos mantidos pelo governo, decorridos no máximo 50 anos em confidencialidade (25 anos prorrogáveis por mais 25).
Publicado 24/06/2011 13:23
As informações são do jornal Folha de S. Paulo, que noticiou nesta sexta-feira (24) ter ouvido 76 senadores nesta semana, dentre os quais 54 disseram ser favoráveis à abertura total das informações, como prevê o projeto aprovado em 2010 pela Câmara e que agora deve ser votado pelo Senado.
O PT, partido da presidente Dilma Rousseff, é quase unânime na defesa da abertura. Segundo o jornal, dos 14 senadores petistas, 12 apoiaram o fim do sigilo eterno. "Depois de 50 anos, não há informação que possa gerar dano à sociedade", disse o líder da bancada do PT, Humberto Costa (PE).
Dos 20 integrantes da bancada do PMDB, 13 disseram que votarão a favor da abertura. José Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado, apoia o sigilo eterno para documentos sensíveis, alegando a necessidade de preservar papéis cuja divulgação poderia criar atritos diplomáticos.
Dilma atuou pelo fim do sigilo quando era ministra da Casa Civil na gestão Lula e manteve sua posição após eleita, mas recuou ao ser pressionada por Sarney e pelo senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL). Apenas dez senadores defenderam o projeto original enviado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que permitiria manter indefinidamente sob sigilo aqueles documentos classificados como ultrassecretos pelo governo. São necessários 41 votos para aprovar o projeto da Câmara no Senado.
Fonte: Terra