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Governo líbio reitera proposta eleitoral

O governo da Líbia reiterou neste domingo (26) a proposta de convocar eleições para decidir se o líder Muamar Kadafi deve continuar à frente do país. A iniciativa foi comunicada pelo porta-voz líbio, Moussa Ibrahim, que declarou que esas eleições seriam supervisionadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e a União Africana (UA).

A autoridade também comunicou que o governo mantém a proposta de convocar um diálogo nacional que solucione o conflito interno desencadeado há quatro meses e aprofundado com os bombardeios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Ambas as iniciativas foram apresentadas anteriormente e rechaçadas pelos grupos separatistas armados representados pelo Conselho Nacional de Transição, sediado na cidade de Benghazi.

“Se o povo líbio decidir que Kadafi deve deixar o poder, ele deixará. Se o povo decidir que deve ficar, ele ficará”, afirmou Ibrahim.

O porta-voz esclareceu que o líder líbio não se exilará porque “está em seu país”.

A proposta de realizar eleições foi comunicada no início do mês por Saif Al Islam, um dos filhos de Kadafi.

Na ocasião, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, em representação da UA, manifestou que a resolução do Conselho de Segurança da ONU, que permitiu a agressão contra a Líbia, não autoriza o assassinato de Kadafi.

O mandatário também fustigou os bombardeios sobre o território líbio perpetrados pela Otan.

A finalidade da resolução do Conselho de Segurança “não era autorizar uma campanha para uma mudança de regime ou um assassinato político”, declarou Zuma no início das discussões do comitê de mediação da UA na Libia.

O chefe de Estado sul-africano asseverou que “os bombardeios da Otan e seus aliados são uma preocupação” do organismo regional africano.

Os ataques da aliança militar, encabeçada pelos Estados Unidos, França e Reino Unido, até o momento deixaram na Líbia o saldo de mais de 400 civis mortos, inclusive mulheres e crianças.

Agência Venezuelana de Notícias