Marcha da Maconha do Rio leva protestos e festa para Ipanema
Cerca de cem pessoas participaram neste domingo (3) da versão carioca da Marcha da Maconha. Desde as 14h, manifestantes se concentraram na praia de Ipanema, próximo ao posto 9, em frente a um famoso ponto de encontro apelidado de "Coqueirão".
Publicado 03/07/2011 18:58
"Não tem horário para acabar, a gente vai ficar aqui até cansar de protestar e comemorar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal)", disse Diogo Marinho, um dos organizadores da Marcha no Rio.
Segundo a organização, os manifestantes não vão sair em caminhada pelas ruas. A ideia é permanecer no mesmo local, onde estão sendo feitos discursos pela legalização da maconha e comemorações embaladas por marchinhas carnavalescas.
Segundo estimativas da Polícia Militar, cerca de cem pessoas participam do ato. Tanto a polícia quanto os manifestantes afirmam que o clima é pacífico. Não foram registradas ocorrências. De acordo com os manifestantes, são poucos os policiais acompanham os protestos.
Hoje, a Marcha da Maconha acontece também em Rio Branco (AC). Ontem a Marcha levou cerca de 3 mil pessoas para a avenida Paulista, em São Paulo.
As marchas realizadas neste final de semana são as primeiras após a recente decisão do STF que libera a realização de passeatas que discutem a legalização das drogas.
No seu site, o Coletivo Marcha da Maconha Brasil, responsável pelo evento, pediu aos manifestantes que evitassem confrontos com a polícia, como o que ocorreu em 21 de maio, quando manifestantes entraram em confronto com a polícia.
"Não traga maconha, cannabis, ganja, verde, banza. Ainda não é legalizado portar ou fumar cannabis. Por isso estamos nas ruas, pois a guerra contra as drogas fracassou e devemos propor mudanças na política de drogas", diz o aviso no site.
Sem conflitos em SP
Realizada no sábado (2), a Marcha da Maconha em São Paulo reuniu 3.000 pessoas, de acordo com os organizadores. A manifestação, a favor da descriminalização da droga ocorreu sem conflitos. Os manifestantes saíram da avenida Paulista por volta das 16h e seguiram até a praça Dom José Gaspar, próximo ao metrô Anhangabaú.
A manifestação que aconteceu em São Paulo foi a primeira após a decisão do STF.
A última Marcha da Maconha organizada na cidade, no dia 21 de maio, foi proibida pela Justiça, sob o argumento de que seria apologia às drogas. O ato transformou-se então num protesto contra a proibição e houve confronto com a polícia.
Com agências