Novas declarações de Jobim desagradam Dilma e núcleo do governo

A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) afirmou nesta quinta ao programa "Poder e Política – Entrevista" que o ministro Nelson Jobim (Defesa) tem dado declarações "desnecessárias" e deveria se "conter um pouquinho".

Jobim tachou a política do governo para a divulgação de dados sigilosos de “atrapalhada”e chamou a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, de “fraquinha”. Ele disse ainda que a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, “nem sequer conhece Brasília”. O ministro da Defesa se reuniu com Dilma na quarta-feira (3), foi criticado pela presidente por suas desastradas declarações anteriores, mas não foi demitido nem pediu demissão. polêmicas.

Segundo o site Folha.com, Dilma teria dito a um assessor próximo que se pudesse “arrumaria um cargo para o Jobim na Amazônia e deixaria ele por lá”. O ministro da Defesa viajou ao Estado para assinar um plano de Defesa Nacional. Ele está acompanhado do vice-presidente, Michel Temer, e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Jobim deve retornar à noite.

Na semana passada, o peemedebista afirmou ao programa "Poder e Política – Entrevista", uma parceria da Folha de S.Paulo, Folha.com e UOL, que votou em seu amigo José Serra nas eleições presidenciais de 2010 e que o tucano teria tomado as mesmas medidas de Dilma para afastar suspeitos de corrupção do Ministério dos Transportes.

Polêmicas

Jobim já tinha se explicado a Dilma há pouco mais de um mês, quando foi ao aniversário de 80 anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sugeriu que a presidente da República tem um estilo autoritário, em contraste com o de FHC.

Jobim é do PMDB, foi ministro de Lula, tem bom trânsito nas Forças Armadas, mas a sua permanência no governo já se tornou um contrassenso.

Da redação com agências