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Hospitais são atacados e Cruz Vermelha faz alerta global

Milhões de pessoas ficam sem atendimento de saúde de emergência em lugares violentos devido aos ataques contra funcionários, instalações e veículos de atendimento médico, denunciou nesta quarta-feira (10) o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

"O custo humano é arrasador: muitos civis e combatentes morrem em consequência de ferimentos simplesmente porque são impedidos de receber atendimento médico a tempo", disse nesta quarta-feira Yves Daccord, diretor-geral do organismo, ao apresentar as conclusões de um estudo realizado em 16 países sobre esta questão.

A investigação permitiu corroborar que "milhões de pessoas poderiam ser salvas" se os hospitais fossem respeitadas.

"A conclusão mais impactante é que um grande número de pessoas morre porque a ambulância não chega a tempo, porque o pessoal de saúde é impedido de realizar seu trabalho, porque os hospitais são o alvo dos ataques ou simplesmente porque o ambiente é perigoso demais para prestar atendimento médico", acrescentou Daccord.

Segundo ele, os hospitais bombardeados no Sri Lanka e Somália, as ambulâncias baleadas na Líbia, os paramédicos assassinados na Colômbia e os feridos no Afeganistão que sofrem durante horas em carros que fazem fila em frente a postos de controle são alguns exemplos do que denuncia o estudo do CICV.

O representante da entidade sustentou que o pessoal de saúde não pode enfrentar este desafio por si só e que os Estados devem reconhecer que "a violência que obstrui a prestação de assistência médica é um dos desafios humanitários mais graves e generalizados".

Fonte: Efe