Em terceiro dia de greve, servidores de SP fazem manifestação
A greve de 52 mil servidores do município de São Paulo entrou no seu terceiro dia. Pela manhã, cerca de três mil trabalhadores realizaram manifestação em frente ao gabinete do prefeito Gilberto Kassab, na região central da Capital. Os grevistas reivindicam reajuste de 39%, referente às perdas salariais entre 2005 e 2010. Cerca de três mil trabalhadores participaram da mobilização, segundo o Sindsep (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo).
Publicado 01/09/2011 17:49
Durante o ato, foi realizada uma assembleia que decidiu manter a paralisação dos setores – Serviço funerário, Saúde e da área administrativa. “Não recebemos nenhuma proposta do Executivo. Portanto, a greve continua. Estamos abertos para negociar, inclusive, com parcelamento do reajuste, como vem sendo feito com os professores, também representados por nós, mas até agora nada”, disse Sérgio Antiqueira, diretor do Sindsep.
Segundo o dirigente, somente o setor da Saúde recebeu uma proposta de 11% apenas para o ano que vem. Outra proposta do governo municipal é um plano de carreiras para autarquias hospitalares, que já teria sido acordado em 2009, mas ainda não concretizado.
No final desta tarde, um grupo de cerca de 120 funcionários estará no plenário da Câmara para falar com o presidente da Casa, vereador José Police Neto (PSDB). Segundo os sindicalistas o presidente se dispôs a intermediar a negociação. No entanto, o gabinete do presidente da Câmara não confirmou a informação. Disse que Police Neto irá receber dos grevistas um documento.
Segundo o sindicato, pelo menos 90% dos funcionários do Serviço Funerário Municipal estão com atividades paralisadas, entre eles os responsáveis pelo transporte e pelos enterros. Segundo balanço da categoria, a paralisação atinge 100% dos funcionários da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, sete hospitais, quase todas as subprefeituras e parcialmente as secretarias de Finanças, Habitação e Saúde.
Os serviços das funerárias estão sendo realizados com atrasos, mas, segundo a Secretaria de Serviços da prefeitura, não há prejuízos para a população. O atendimento conta com apoio da Guarda Civil Municipal (GCM). O município disse que concedeu aumento de mais de 15% sobre o piso salarial, que passou de R$ 545 para R$ 630, já somados os abonos, para os servidores – com jornada de 40 horas. Além de conceder gratificações complementares. A secretaria considera a paralisação “inadmissível” por se tratar de serviço essencial à população.
Deborah Moreira, de São Paulo – com agências