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Apesar da desaceleração, vendas do comércio sobem 1,4% em julho

É o consumo, alimentado pela expansão da oferta de emprego, que está ancorando a economia nacional e obstruindo o caminho da estagnação. O volume de vendas do comércio varejista restrito subiu 1,4% em julho, na comparação com o mês anterior já descontados os efeitos sazonais.Em junho, o indicador havia avançado 0,2%. Os dados constam da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já a receita nominal cresceu 1,6% entre junho e julho, depois de subir 0,6% no mês anterior.

No resultado ampliado (que inclui automóveis e material de construção), o volume subiu 0,6% sobre junho e a receita nominal cresceu 1% na mesma comparação, ambas com ajuste sazonal.

Na comparação com julho do ano passado, o volume de vendas do varejo restrito subiu 7,1%, depois de uma alta de 7,1% em junho, na mesma base de comparação. A receita nominal avançou 12,5% em julho, avanço maior do que os 12,1% registrados em junho, no mesmo intervalo.

No ano, o volume de vendas do comércio varejista restrito avançou 7,3% na comparação com o período janeiro-julho de 2010, enquanto a receita nominal cresceu 12,3%.

Em 12 meses, o volume de vendas acumula alta de 8,5% frente aos 12 meses anteriores, enquanto a receita nominal subiu 13,2% em igual intervalo.

Queda na indústria

Em contraste com o desempenho do comércio, a produção industrial brasileira se contraiu 0,3% em julho em relação ao mesmo mês do ano passado após dois meses de crescimento, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A divergência de comportamento dos dois setores sugere que a demanda vem sendo suprida em medida crescente pela importação.

O resultado de julho confirmou a tendência de desaceleração do setor neste ano após o crescimento de 10,5% em 2010, sua maior expansão em 24 anos.

Em comparação com junho, a produção industrial de julho foi 0,5% superior.

Nos sete primeiros meses do ano, a produção das fábricas cresceu 1,4%, resultado inferior aos 15% registrados no mesmo período de 2010, acrescentou o IBGE.

Da mesma forma, a produção acumulada no período de 12 meses até julho foi de 2,9%, abaixo dos 8,3% observados entre agosto de 2009 e julho de 2010.

A desaceleração do setor industrial está em consonância com a registrada na economia brasileira, que neste ano pode crescer 4% segundo as previsões do governo, após ter se expandido 7,5% no ano passado, seu maior ritmo em 24 anos.

Segundo o IBGE, 15 dos 27 setores industriais analisados tiveram uma produção menor do que a de julho de 2010, liderados pelo ramo têxtil, que caiu 20,9%.

As indústrias atribuem a desaceleração da produção a taxa de juro elevada e à redução das exportações como consequência da valorização do real frente ao dólar, que reduziu o poder competitivo dos produtos brasileiros, e à crise econômica em mercados importantes para o país, principalmente os europeus.

Para enfrentar a crise internacional, o governo anunciou isenções de impostos aos setores industriais mais afetados e a redução dos custos trabalhistas para as companhias que perderam competitividade no exterior.

Com agências