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Polícia faz mais uma repressão violenta na Grécia

Choques entre manifestantes e policiais no centro de Atenas marcaram o início da greve geral de 24 horas do país na terça-feira (4), em protesto contra medidas de austeridade anunciadas pelo governo.

A greve foi convocada após o governo ter anunciado no mês passado leis de emergência sobre propriedades e a suspensão de 30 mil funcionários públicos, dentro do pacote de medidas de austeridade adotadas para conter o endividamento do país.

Convocadas por centrais sindicais, ao menos 16 mil pessoas se concentraram no centro da capital grega e se dirigiram para a frente do Parlamento, onde realizaram uma manifestação.

A polícia usou gás lacrimogênio contra grupos de manifestantes que atirava pedras.

Voos e serviços de barcos foram cancelados; escolas, escritórios do governo e locais turísticos foram fechados. Hospitais trabalham com equipes reduzidas.

Manifestantes bloquearam a entrada de vários prédios do governo, incluindo os ministérios das Finanças e dos Transportes.

Insatisfação social

O governo diz ter dinheiro o bastante para pagar aposentadorias, pensões, salários e títulos de sua dívida até meados de novembro.

Inspetores do FMI, do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia estiveram em Atenas nesta semana para avaliar a situação financeira grega antes de liberar outra parcela do pacote de ajuda financeira para o país.

Mas a decisão foi adiada após o governo grego admitir que o deficit orçamentário ficará em torno de 8,5% neste ano, em vez da meta de 7,5%, acordada como condição para o pacote de ajuda financeira.

A Comissão Europeia estuda formas de proteger os bancos da zona do euro contra uma possível contaminação pela crise grega, ao mesmo tempo que é fortemente criticada pelos movimentos sociais porque as medidas aprofundam a recessão, paralisam a economia e impedem o crescimento da Grécia.

Veja o vídeo da repressão policial:

Com informações da BBC Brasil