Irã convoca embaixador para protestar contra acusações de complô
O Irã convocou o embaixador da Suíça em Teerã, que representa os interesses dos Estados Unidos no país, para protestar contra acusações norte-americanas sobre um suposto "complô" iraniano para assassinar o embaixador da Arábia Saudita em Washington.
Publicado 12/10/2011 14:39
O presidente do Parlamento do Irã, Ali Larijani, disse que as acusações seriam ''alegações fabricadas'' decorrentes do fato de que ''os Estados Unidos querem desviar a atenção dos problemas que eles enfrentam no Oriente Médio''.
O imperialismo norte-americano quer impor novas sanções contra o Irã e provavelmente cultiva planos de guerra contra o país. Eles afirmam que a Guarda Revolucionária do Irã esté envolvida na suposta trama. Mas a acusação é rejeitada com energia pelos irarianos. O episódio lembra as falsas acusações levantadas contra o governo de Saddam Hussein no Iraque para justificar a guerra à sociedade estadunidense e ao mundo.
Os imperialistas afirmam que Teerã teria tramado o plano de assassinar o representante saudita, por meio de um atentado à bomba.
Irã x Arábia Saudita
O presidente do Parlamento iraniano disse que as acusação norte-americanas são desculpas que visam ''impedir a onda de despertar islâmica'' e disse que as alegações são ''jogos infantis, amadorísticos'' e ''vulgares''.
Larijani acrescentou ainda que as acusações seriam uma forma de prejudicar a relação entre Irã e Arábia Saudita.
O príncipe saudita Turki al-Faisal, ex-embaixador em Washington, disse que as provas levantadas pelos Estados Unidos são "esmagadoras" e que estas "provam a responsabilidade de um oficial iraniano". "Alguém no Irã terá de pagar o preço'', afirmou.
Irã e Arábia Saudita são rivais cujos regimes seguem diferentes leituras do islamismo e disputam uma posição de liderança no Oriente Médio. Governada por uma monarquia ultrarreacionária, a Arábia Saudita é a principal aliada dos EUA no mundo árabe, ao passo que o Irã não mantém relação diplomática com o império.
Recentemente, o Irã protestou veementemente quando tropas sauditas invadiram o Bahrein por conta dos protestos populares contra o governo do país.
O Bahrein tem uma população predominantemente islâmica xiita, como o Irã, mas, ao contrário deste, conta com uma elite política formada por muçulmanos sunitas, a mesma tendência religiosa dos xeques sauditas.
Com agências