Após cinco meses de incerteza, Haiti empossa primeiro-ministro

A posse de Conille encerra um período de cinco meses de incerteza política desde a posse do presidente do país, Michel Martelly, que não tinha conseguido o apoio parlamentar para nomear um primeiro-ministro.

"A noite mais escura não impede o sol de se levantar", disse Conille, de 45 anos, na cerimônia liderada pelo governante haitiano, que contou com a presença dos novos ministros, representantes do Parlamento, dos partidos políticos, do corpo diplomático e de organismos internacionais. Em seu discurso, Conille se comprometeu a apoiar Martelly em seu plano de refundação nacional.

O novo primeiro-ministro obteve na semana passada o respaldo do Parlamento a seu programa de política geral após apresentá-lo em duas longas sessões nas duas Câmaras legislativas, que lhe respaldaram, embora com a advertência de que não tem carta branca para fazer o que quiser, mas terá de prestar contas de sua gestão.

Conille assumiu o cargo de Jean-Max Bellerive, primeiro-ministro do governo de René Préval interino durante cinco meses, o tempo que demorou Martelly para conseguir o respaldo das Câmaras legislativas.

O presidente, que venceu um complicado processo eleitoral no segundo turno eleitoral, realizado no dia 20 de março, não conta com maioria no Parlamento, controlado pelas legendas próximas a Préval. Com 45 anos, Garry Conille é o mais jovem primeiro-ministro na história governamental do Haiti sob a atual Constituição, promulgada em 1987.

Médico de profissão, Conille trabalhou por vários anos no sistema das Nações Unidas, onde ocupou diversos postos nos últimos anos e, desde junho de 2011, era coordenador de Assuntos Humanitários no Níger. Também atuou como assessor do ex-presidente americano Bill Clinton, enviado especial da ONU para o Haiti.

Fonte: Efe